Rússia alarga lista negra de cidadãos ocidentais em resposta a sanções da UE
A Rússia alargou a 'lista negra' de cidadãos ocidentais que não poderão entrar em território russo, em resposta ao 18º. pacote de sanções aprovado na semana passada pela União Europeia (UE).
A nova lista “inclui funcionários de agências de segurança, organizações estatais e comerciais, cidadãos de Estados-membros da UE e outros países ocidentais responsáveis por prestar assistência militar a Kiev”, referiu hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em comunicado.
Foram ainda incluídos na lista cidadãos ocidentais envolvidos na organização do fornecimento de equipamento de dupla utilização à Ucrânia, na criação de um tribunal internacional para julgar os líderes russos por crimes de guerra, na adoção de sanções e que defendem o confisco de bens russos.
Moscovo sublinha que a medida responde a “ações hostis” — como as sanções europeias “unilaterais e ilegítimas” — e à “política antirrussa” dos países ocidentais, que acusa de organizar um bloqueio de navios russos no Mar Báltico.
“As ações hostis antirrussas não podem de forma alguma influenciar a política do nosso país (...) As próximas sanções da UE também receberão uma resposta atempada e apropriada”, afirma o ministério.
A União Europeia aprovou na sexta-feira passada o 18.º pacote de sanções contra a Rússia com várias medidas entre as quais se incluem algumas destinadas a afetar a indústria petrolífera e energética russa.
O novo pacote de sanções inclui a redução do teto do preço do petróleo russo de 60 dólares por barril e a proibição de transações financeiras com o gasoduto Nord Stream, que chega à Alemanha através do Mar Báltico e não está atualmente em funcionamento.
Além disso, acrescenta 105 navios russos à lista negra da UE, elevando o número de embarcações da chamada “frota fantasma” russa sancionadas para mais de 400.
Além disso, estende a proibição de transações financeiras a mais 22 bancos russos e operadores de países terceiros que financiam o comércio com a Rússia, contornando as sanções internacionais impostas após o início da guerra na Ucrânia em 2022, além de sancionar o fundo russo de investimento direto, as suas subsidiárias e projetos de investimento.
O alargamento das sanções inclui também proibições adicionais à exportação de certas tecnologias e bens industriais críticos para a Rússia, como os utilizados na produção de drones.