Marco Rubio com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
Marco Rubio com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.OLIVIER MATTHYS/EPA

Rubio diz que os EUA saberão dentro de semanas se a Rússia leva a paz a sério

Líder da diplomacia norte-americana garante que Donald Trump não vai cair na armadilha "de negociações intermináveis sobre negociações” relacionadas com o conflito na Ucrânia.
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O secretário de Estado norte-americano afirmou esta sexta-feira que a Casa Branca saberá dentro de semanas se a Rússia leva a sério a paz com a Ucrânia, depois de esta semana o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo ter garantido que o Kremlin não pode aceitar o atual formato da proposta dos Estados Unidos para pôr fim à guerra.

“Saberemos em breve, numa questão de semanas, e não de meses, se a Rússia leva a paz a sério ou não. Espero que sim", declarou Marco Rubio em Bruxelas após ter participado numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da NATO. “Se isto está a arrastar as coisas, o presidente Trump não vai cair na armadilha de negociações intermináveis sobre negociações”, prosseguiu o líder da diplomacia norte-americana, garantindo que a Casa Branca está “a testar para ver se os russos estão interessados na paz. As suas ações - e não as suas palavras, as suas ações - determinarão se são graves ou não, e pretendemos descobrir isso mais cedo ou mais tarde."

De recordar que o Kremlin rejeitou no mês passado uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo completo de 30 dias, depois de a Ucrânia ter dito que concordaria. Já esta semana, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo garantiu que o Kremlin não pode aceitar o atual formato da proposta dos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia pois não aborda os problemas que Moscovo considera terem causado o conflito. “Levamos muito a sério os modelos e as soluções propostas pelos americanos, mas não podemos aceitar tudo na sua forma atual”, afirmou Sergei Ryabkov, citado esta terça-feira pelos meios de comunicação estatais, à revista russa International Affairs. "Tanto quanto podemos constatar, hoje não há neles lugar para a nossa principal exigência, nomeadamente a resolução dos problemas relacionados com as causas profundas deste conflito. Está completamente ausente e isso tem de ser ultrapassado", referiu ainda, de acordo com a Reuters.

Abertos a uma parceria com a Gronelândia

Esta sexta-feira também Rubio declarou que população da Gronelândia deve esclarecer se quer a independência da Dinamarca, acrescentando que os Estados Unidos estão disponíveis para “criar uma parceria”.

“Neste momento, os gronelandeses têm de clarificar que querem ser independentes da Dinamarca. A Dinamarca devia preocupar-se em compreender porque é que eles querem deixar a Dinamarca”, declarou o líder da diplomacia norte-americana, referindo ainda que “a decisão é da Gronelândia, o vice-presidente [dos EUA, JD Vance] foi bastante claro e disse que vai respeitar a autodeterminação dos gronelandeses”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem insistido na necessidade de anexar ou “de comprar” a Gronelândia, alegando razões “defensivas e ofensivas”. Na semana passada, JD Vance, visitou a base militar que Washington possui naquele território, mas a presença da segunda figura da administração norte-americana gerou protestos e foi contestada pelas autoridades locais e dinamarquesas.

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