O Reino Unido chegou a acordo com a UE para voltar a integrar o programa Erasmus, num movimento que vai custar ao Executivo de Keir Starmer 570 milhões de libras – cerca de 650 milhões de euros.O programa, oficialmente conhecido como Erasmus+, volta a estar disponível para todos os envolvidos na educação, formação, cultura e desporto a partir de 2027, e depois de um período de discussão entre Londres e Bruxelas para cumprir uma promessa eleitoral do Partido Trabalhista.O Executivo de Starmer espera que até 100 000 pessoas de todas as idades possam beneficiar deste programa logo no primeiro ano, salientando que a adesão ao Erasmus “criará oportunidades de educação e formação para aprendizes britânicos, estudantes do ensino superior e adultos, bem como para aqueles que frequentam o ensino superior”, lê-se no The Guardian.“Trata-se de eliminar barreiras à oportunidade, dando aos estudantes a oportunidade de desenvolver competências, confiança e experiência internacional que os empregadores valorizam”, adiantou Jacqui Smith, ministra das competências daquele Governo. “O Erasmus+ abrirá portas para milhares de estudantes e funcionários de todo o país em universidades, escolas, faculdades e educação de adultos”, concluiu.Por seu lado, David Hughes, diretor executivo da Associação de Faculdades, reagiu ao anúncio dizendo que esta é “uma notícia brilhante” para funcionários e estudantes de todas as instituições do país.Nick Thomas-Symonds, ministro britânico das Relações com a UE chegou a um acordo após conversas com o seu homólogo da UE, Maroš Šefčovič, como parte da “redefinição” das relações com a UE promovida por Keir Starmer.Numa declaração conjunta, ambos os responsáveis afirmaram que “a associação do Reino Unido ao Erasmus+ em 2027 ofereceria oportunidades significativas nos setores da educação, formação, desporto e juventude para indivíduos no Reino Unido e na União Europeia, particularmente para os da geração mais jovem”.Realçam ainda que “a Comissão Europeia e o Reino Unido aguardam com expectativa que estas oportunidades se tornem disponíveis. Estão satisfeitos por os termos específicos desta associação, incluindo os termos financeiros mutuamente acordados, representarem um equilíbrio justo entre as contribuições do Reino Unido e os benefícios que o programa oferece e abrirem caminho para a participação do Reino Unido no programa em 2027.”