Um rapaz de 15 anos foi condenado a prisão perpétua com uma pena mínima de 16 anos pelo homicídio de Harvey Willgoose, estudante de Sheffield, também de 15 anos, num ataque com uma faca durante a hora de almoço em fevereiro.Mohammed Umar Khan, que pôde agora ser identificado, levou uma faca de caça de 13 centímetros para a escola e usou-a para esfaquear Willgoose duas vezes no peito em frente ao refeitório da Escola Católica All Saints.A juíza do Tribunal de Sheffield disse que os "atos sem sentido" de Khan eram consequência de um "interesse de longa data pelas armas" e que o homicídio teve um "efeito devastador na família de Harvey" e que as suas vidas foram "manchadas pelas suas ações".A juíza disse a Khan que ele tinha uma "incapacidade de longa data de controlar a raiva", mencionando três incidentes na escola entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, nos quais se tornou zangado e agressivo.O procurador Richard Thyne KC referiu ainda que, embora Khan não tivesse condenações anteriores, já tinha levado um machado e uma faca separadamente para o interior da escola e já havia enfrentado Harvey na escola.A juíza disse-lhe que Khan iria uma pena mínima de 16 anos, ao qual se subtrai o tempo passado em prisão preventiva, o que equivale a cerca de 15 anos e três meses. Porém, o rapaz não demonstrou qualquer emoção evidente aquando da leitura da sentença.As câmaras de videovigilância mostraram Harvey a chegar à escola e a manter-se calmo após o agressor ter tentado provocá-lo. O agressor também foi visto em imagens a segurar uma faca no refeitório antes do esfaqueamento.Khan já tinha admitido homicídio voluntário, mas negado o assassinato. Porém, em agosto foi considerado culpado no Tribunal de Sheffield por um veredicto maioritário de 11 contra um. Os advogados de defesa alegaram que o rapaz havia "perdido o controlo" após anos a sofrer bullying e "um período intenso de medo na escola".Em declarações à saída do tribunal, a mãe de Harvey Willgoose, Caroline, disse estar aliviada pelo fim do caso, mas considerou que Khan "não parece estar arrependido".