R. Kelly condenado a 20 anos de prisão por crimes de pornografia infantil

Um juiz de Chicago condenou, esta quinta-feira, R. Kelly a 20 anos de prisão por pornografia infantil e aliciamento de um menor, mas o antigo cantor irá cumprir a maior parte simultaneamente com uma pena anterior de 30 anos.

R. Kelly, de 56 anos, está já a cumprir uma pena de 30 anos de prisão, após um júri de Brooklyn, num julgamento federal separado, o ter condenado por extorsão e tráfico sexual.

O juiz Harry D. Leinenweber decretou agora que 19 anos de prisão seriam cumpridos em simultâneo com a pena anterior (a de 30 anos), com exceção de um ano.

O facto de Kelly passar no máximo 31 anos atrás das grades é uma vitória para a defesa, que considerou que "uma sentença simultânea é o que a justiça exige", acusando o Ministério Público de querer "garantir que Kelly nunca veja a luz do dia."

A advogada do antigo cantor de R&B, Jennifer Bonjean, informou que as duas condenações vão ser alvo de recurso.

Robert Sylvester Kelly, mais conhecido por R. Kelly, foi condenado em setembro de 2022 por três acusações de pornografia infantil e três de aliciamento de um menor.

O antigo cantor conhecido por sucessos como "I Believe I Can Fly" foi absolvido por um júri federal de sete outras acusações, incluindo a de que ele obstruiu a justiça num julgamento anterior.

Em 2021, Kelly foi condenado em Nova Iorque por recrutar sistematicamente adolescentes e mulheres para relações sexuais. Um veredicto que foi amplamente visto como um marco para o movimento #MeToo, uma vez que foi o primeiro grande julgamento de abuso sexual em que a maioria das vítimas eram mulheres negras.

Foi também a primeira vez que Kelly enfrentou consequências criminais pelo abuso que terá praticado durante décadas a mulheres e crianças.