Alívio em Chisinau e em Bruxelas. Maia Sandu, a presidente pró-europeia da Moldávia foi reeleita com 55% quando estão apurados 99,8% dos votos. O seu adversário, Alexandr Stoianoglu, que negou ser pró-Kremlin, mas que fez campanha para o país aprofundar relações ao mesmo tempo com o Ocidente e o Oriente, recebeu 44,9%. “O nosso povo uniu-se e a liberdade e os cidadãos ganharam. A paz e a esperança numa vida melhor prevaleceram”, disse Sandu. A primeira volta coincidiu com um referendo sobre uma emenda na Constituição que institui o caminho do país para a integração na União Europeia, da qual recebeu o estatuto de candidato à adesão em junho de 2022, ao lado da Ucrânia. O sim à via europeia venceu por uma pequena margem, graças aos votos dos emigrantes..A presidente da Comissão Europeia felicitou Sandu, afirmando que “é necessário um tipo raro de força para ultrapassar os desafios que enfrentou" nas eleições. “É com prazer que continuarei a trabalhar consigo para um futuro europeu para a Moldávia e para o seu povo”, afirmou Ursula von der Leyen, no X..O processo eleitoral foi marcado pela tentativa de interferência de Moscovo, com os serviços de segurança do país a acusarem o oligarca exilado Ilan Shor de gastar 35 milhões de euros para comprar votos..O conselheiro de segurança nacional, Stanislav Secrieru, afirmou que foram detetadas “interferências maciças” nas assembleias de voto no estrangeiro, com voos fretados para levar os moldavos que vivem na Rússia a votar em países vizinhos como a Bielorrússia, a Turquia e o Azerbaijão. Além disso, denunciou ciberataques ao sistema eleitoral, ameaças de bomba nos consulados da Alemanha e do Reino Unido e oferta de refeições a quem votava na embaixada de Moscovo..Ex-república soviética, a Moldávia tem 2,5 milhões de habitantes e 1,2 milhões de emigrantes. Parte da população vive na Transnístria, de facto uma região pró-russa e que mantém uma guarnição de soldados russos e depósitos de armamento.