Presidende da RD Congo vacinado depois de críticas iniciais
Os serviços da presidência congolesa não revelaram pormenores relativamente ao tipo de vacina tomada por Felix Tshisekedi.
O presidente da República Democrática do Congo (RD Congo) foi vacinado este domingo, depois de ter criticado a vacina da AstraZeneca no início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no país.
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O chefe de Estado levou domingo uma primeira dose de vacina e convidou os seus compatriotas a imitá-lo, anunciaram os serviços da presidência congolesa.
Fonte da presidência não quis especificar que marca de vacina o Presidente levou, referindo que o mais importante era o "sinal forte" de aposta na vacinação.
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"A vacina continua a ser a melhor solução por enquanto" perante a Covid-19, afirmou Felix Tshisekedi, depois de ter sido vacinado, juntamente com a sua esposa, Denise Nyakeru Tshisekedi.
"Por ter perdido vários parentes e familiares próximos, estou na melhor posição para testemunhar sobre a devastação causada por esta pandemia", acrescentou.
O casal Tshisekedi foi vacinado domingo à noite, na clínica presidencial da Cité de l'Union Africaine, em Kinshasa, disse a presidência, registando o momento com fotografias.
Na ocasião, a presidência confirmou que o país já contava com "mais de 250.000 doses adicionais de vacina Moderna e aguardava pela chegada, nas próximas semanas, de vários milhares de doses de vacinas Johnson & Johnson, AstraZeneca e Pfizer".
No início de julho, a desconfiança em relação à vacina, generalizada na RDCongo, aumentou depois de Félix Tshisekedi ter feito uma declaração sobre a vacina AstraZeneca.
"Penso que tive razão em não ser vacinado. Pedi as opiniões de outros, mas (eles) estavam divididos. Alguns tranquilizaram-me de que não havia perigo. Mas eu próprio tive dúvidas", afirmou então à televisão estatal.
"Vêm aí outras vacinas e ver-me-ão ser vacinado", acrescentou.
O país africano, com mais de 80 milhões de pessoas, recebeu 1,7 milhões de doses da vacina AstraZeneca, ao abrigo do consórcio Covax, mas acabou por devolver 1,3 milhões de doses devido à falta de candidatos.