Pedidos de asilo na UE de cidadãos da América Latina em níveis quase recorde

O número de pedidos dos últimos 12 meses apenas é ultrapassado pelos requerimentos feitos na altura da crise migratória entre 2015 e 2016.
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Os pedidos de asilo em países da União Europeia (UE) de cidadãos da Venezuela, Colômbia e Peru atingiram números quase recorde e o total no último ano foi maior do que em anos anteriores.

De acordo com um relatório da Agência da União Europeia para o Asilo, entre abril de 2022 e março de 2023 os 27 receberem mais pedidos de asilo do que nos últimos anos. Só em março deste ano, houve 92.000 requerimentos, dos quais 16 por cento diziam respeito a cidadãos venezuelanos, colombianos e peruanos.

Em março houve 6.500 pedidos de asilo de cidadãos da Venezuela, 6.100 de nacionais da Colômbia e 2.200 de peruanos, mas também houve um incremento de cidadãos da Turquia e da Rússia a requerer refúgio num dos Estados-membros da UE.

O número de pedidos dos últimos 12 meses apenas é ultrapassado pelos requerimentos feitos na altura da crise migratória entre 2015 e 2016.

Só nos primeiros meses de 2023 houve um aumento de 31% em relação aos primeiros meses de 2022, mas o incremento foi de 52% em relação a 2019.

No relatório acrescenta-se que é necessário considerar que a partir de 2020 houve um decréscimo de pedidos de asilo possivelmente por causa da pandemia.

Parte do aumento só no último ano também é explicado com o estatuto temporário de proteção conferido a cidadãos ucranianos que fugiram do país na sequência da invasão que a Federação Russa iniciou a 24 de fevereiro do ano passado.

Até março deste ano havia 650.000 pedidos a aguardar decisão, segundo a agência europeia que acompanha estes processos, e a rácio de aprovação entre fevereiro e março de 2023 baixou de 41% para 36%.

Deste total, 86.000 dizem respeito a cidadãos sírios e 71.000 a afegãos.

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