Parlamento Europeu reconhece Rússia como "estado patrocinador do terrorismo"

Parlamento Europeu pede agora aos 27 Estados-membros da UE para também reconhecerem a Rússia como um "estado patrocinador do terrorismo" devido à guerra contra a Ucrânia.
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O Parlamento Europeu reconheceu, esta quarta-feira, a Rússia como um "estado patrocinador do terrorismo" devido à guerra contra a Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro, e instou os 27 países da União Europeia a declararem o mesmo.

"Os ataques deliberados e as atrocidades perpetradas pela Federação Russa contra a população civil da Ucrânia, a destruição de infraestrutura civil e outras graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional constituem atos de terror", refere a resolução aprovada esta quarta-feira.

O presidente da Ucrânia aproveitou as redes sociais para reagir à decisão do Parlamento Europeu em reconhecer a Rússia como um "estado patrocinador do terrorismo e como Estado que utiliza meios de terrorismo".

Para Volodymyr Zelensky, "a Rússia deve ser isolada a todos os níveis e responsabilizada", de modo a "acabar com sua política de terrorismo de longa data na Ucrânia e em todo o mundo".

O Parlamento Europeu classifica a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo que "utiliza métodos de terrorismo", apelando ainda à adoção de um nono pacote de sanções a Moscovo.

A resolução foi aprovada por 494 votos a favor, 58 contra e 44 abstenções.

Os eurodeputados consideraram também que o quadro jurídico deve ser alterado por forma a permitir que a União Europeia (UE) possa designar oficialmente países como patrocinadores do terrorismo, com as consequentes restrições para as relações com os Estados em causa.

A resolução pede também ao Conselho da UE que inclua na lista de organizações terroristas a organização paramilitar russa "Grupo Wagner", o 141.º Regimento Especial Motorizado, também conhecido como 'Kadyrovites' e outros grupos armados, milícias e forças financiadas pelo Kremlin (Presidência russa).

Os eurodeputados defendem ainda um maior isolamento da Rússia e o fecho e proibição de instituições com ligações ao Estado russo que funcionam como promotoras de propaganda.

A resolução, votada no dia em que se completam nove meses da invasão russa, não tem caráter vinculativo, tal como as resoluções a condenar o regime do presidente Vladimir Putin aprovadas pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Com Lusa

Notícia atualizada às 13:23

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