A França e a Alemanha estão a trabalhar para conseguir um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, como tem sido defendido por Volodymyr Zelensky, ao mesmo tempo que garantiram o apoio inabalável dos dois países a Kiev. “Só resta uma questão por responder: estará a Rússia pronta para um cessar-fogo de, pelo menos, 30 dias para poder construir um cessar-fogo sólido e duradouro? Será que o presidente russo será, finalmente, fiel à sua palavra, em particular à que foi dada durante as negociações com o Governo norte-americano?”, questionou esta quarta-feira o presidente francês.Ao lado de Emmanuel Macron estava Friedrich Merz, que escolheu a França para a sua primeira visita ao estrangeiro como chanceler da Alemanha - esta quarta-feira, o conservador iria ainda à Polónia, o terceiro país do chamado Triângulo de Weimar. O líder alemão aproveitou também para pedir aos restantes membros dos 27 para aumentarem as suas despesas com a defesa. “Só desta forma poderemos gradualmente colmatar as nossas lacunas de capacidade e apoiar colectivamente a Ucrânia”, afirmou Merz. O encontro entre Macron e Merz serviu também para, segundo o chanceler alemão, redefinir as relações franco-alemãs de forma a ajudar a Europa a ultrapassar os “enormes” desafios económicos e de segurança que enfrenta. “Só conseguiremos enfrentar estes desafios se a França e a Alemanha se mantiverem ainda mais unidas do que no passado. (...) É por isso que Emmanuel Macron e eu acordámos um novo impulso franco-alemão para a Europa”. O vice-presidente dos Estados Unidos falou esta quarta-feira também sobre a situação na Ucrânia, dizendo que negociações diretas entre Kiev e Moscovo poderá ser a única forma de terminar o conflito. “Acreditamos que é provavelmente impossível mediarmos completamente sem pelo menos algumas negociações diretas entre as duas partes. Portanto, é nisso que nos estamos a concentrar”, declarou.Falando sobre as exigências russas para um cessar-fogo, que implicam cedências territoriais da Ucrânia, JD Vance reconheceu que “estão a pedir demais”.Estas declarações surgem no dia em que Keith Kellogg, enviado especial dos EUA para a Ucrânia, afirmou que Vladimir Putin é um obstáculo para um acordo, alertando que os ucranianos não serão os principais perdedores se não houver um entendimento.