Papa tem bronquite aguda e não vai celebrar missa de Páscoa

O Papa Francisco passou a noite e esta quinta-feira no hospital de Gemelli, "tendo-se dedicado ao descanso, à oração e alguns deveres de trabalho", afirmou o porta-voz do Vaticano.

O Papa Francisco foi diagnosticado com "bronquite aguda, mas sem complicações cardíacas", disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

O Papa Francisco passou a noite e esta quinta-feira no hospital de Gemelli, "tendo-se dedicado ao descanso, à oração e alguns deveres de trabalho", afirmou Bruni.

"Nos exames clínicos programados para o Santo Padre, foi constatada uma bronquite infecciosa que exigiu a administração de antibioticoterapia em infusão que produziu os efeitos esperados com uma melhoria acentuada do estado de saúde. Com base no resultado previsível, o Santo Padre poderá ter alta nos próximos dias", indica uma nota da equipa médica que segue o Papa e enviada pela Santa Sé.

O pontífice escreveu esta quinta-feira no Twitter estar "comovido com as muitas mensagens" que recebeu e expressou a todos a sua "gratidão" pelas orações.

Entretanto, o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, anunciou que será o próprio a celebrar a missa de Páscoa mas que o pontífice deverá estar presente na Basíliia de São Pedro e pronunciar a mensagem Urbi et Orbi.

A imprensa italiana havia noticiado que o Papa revelara, ao fim da manhã de ontem, "dificuldades respiratórias" e tinha sido transportado de ambulância para o hospital.

O Papa removeu uma parte de um pulmão quando era jovem devido a uma infeção respiratória, o que explica a forma como fala, quase sussurrando.

Numa entrevista recente à agência de notícias norte-americana Associated Press, Francisco revelou que tinha voltado a sofrer de diverticulite, o problema que o levara a submeter-se, em 2021, a uma intervenção cirúrgica em que lhe foi retirada uma parte do cólon, mas que estava bem de saúde.

Desde então, o seu único problema de saúde visível era no joelho direito, obrigando-o a deslocar-se de cadeira de rodas, tendo em diversas ocasiões afirmado que não quer ser operado, devido à reação negativa que teve à anestesia na cirurgia de 2021.

Francisco afirmou já que poderá abdicar do cargo, como fez o seu antecessor, Bento XVI, se o seu estado de saúde o impedir de continuar a fazer o seu trabalho.

Nesse sentido, o Papa revelou, em dezembro de 2022, que assinou uma carta de demissão para ser usada caso ele fique incapacitado de desempenhar as suas funções por motivos de saúde.

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