Papa pede para que se evite execução de presos nos EUA
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Papa pede para que se evite execução de presos nos EUA

O líder da Igreja Católica condenou sempre a pena de morte, garantindo "que não proporciona justiça e é um veneno para a sociedade".
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O Papa Francisco pediu este domingo para que se evite a execução de presos condenados à morte nos Estados Unidos da América, apelando a que a pena capital seja comutada ou alterada.

"Hoje, toca-me o coração pedir-vos a todos que rezem pelos presos nos Estados Unidos que estão no corredor da morte, penso que são 13 ou 15. Rezemos para que a sua condenação seja comutada ou alterada", disse Francisco, após a oração do Angelus, no Vaticano.

Aos presentes, pediu ainda para que pensem nos presos e peçam "a graça de os salvar da morte".

O líder da Igreja Católica condenou sempre a pena de morte, garantindo "que não proporciona justiça e é um veneno para a sociedade", como escreveu no prefácio do livro recentemente publicado pelo antigo advogado Dale Recinella, que acompanha espiritualmente condenados à morte nos Estados Unidos como capelão leigo.

No livro, intitulado "Um cristão no corredor da morte. Meu compromisso ao lado dos condenados", o Papa reiterou que "a pena de morte não é, de modo algum, a solução para a violência que pode atingir pessoas inocentes" e que "as execuções capitais, longe de proporcionarem justiça, alimentam um sentimento de vingança que se converte num veneno perigoso para o corpo" das sociedades civis.

"Os Estados deveriam preocupar-se em permitir aos presos a oportunidade de mudarem verdadeiramente as suas vidas, em vez de investirem dinheiro e recursos na sua repressão, como se fossem pessoas que já não merecem viver e serem eliminados", escreveu então Francisco, citado pela agência Efe.

Também hoje, o chefe de Estado do Vaticano manifestou a sua proximidade ao povo da Nicarágua perante as dificuldades que atravessa e pediu-lhe que siga "o caminho do diálogo construtivo e respeitoso para promover a paz, a fraternidade e a harmonia no país".

Aos fiéis presentes na Praça de São Pedro, Francisco convidou a rezar "pela Igreja e pelo povo da Nicarágua", fazendo votos para que este dia, em que os católicos celebram a Imaculada Conceição, padroeira do país centro-americano, seja "um consolo nas suas dificuldades e incertezas, e abra o coração de todos".

Na segunda-feira, o Papa enviou uma carta para expressar a sua proximidade aos fiéis da Nicarágua face às "dificuldades, incertezas e privações" decorrentes de tensões com o Governo de Daniel Ortega.

No mês passado, o parlamento nicaraguense aprovou uma reforma constitucional que aumenta o poder do Presidente, Daniel Ortega, e eleva a sua companheira, a vice-presidente Rosario Murillo, ao estatuto de copresidente.

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