As forças israelitas anunciaram ter resgatado os corpos de seis reféns de um túnel na zona sul de Khan Yunis, na Faixa de Gaza, na sequência de uma batalha com combatentes palestinianos. Ficam agora cativos 71 prisioneiros que se pensa estarem vivos, além dos cadáveres de outros 34. “Durante a operação, as forças localizaram um túnel com cerca de 10 metros de profundidade que levava a uma passagem subterrânea onde os corpos dos reféns foram encontrados”, disseram os militares. O porta-voz das forças armadas Daniel Hagari disse também que alguns dos reféns cujos corpos foram recuperados morreram durante as operações militares israelitas no sul de Gaza. As famílias de Yagev Buchshtab, Alexander Dancyg, Yoram Metzger, Nadav Popplewell, Chaim Perry e Avraham Munder foram informadas na sequência de uma análise dos serviços secretos, informou o exército..Yoram Metzger, Abraham Munder, Yagev Buchshtab, Nadav Popplewell, Alex Dancyg e Chaim Perry foram encontrados mortos. The Hostages Families Forum Headquarters / AFP.Dos 251 reféns sequestrados há mais de dez meses no sul de Israel, o Hamas mantém em cativeiro em Gaza 71 que estarão vivos, assim como os corpos de 34 considerados mortos, segundo uma base de dados compilada pela AFP. Até agora, 116 pessoas foram libertadas - a maioria durante a trégua de uma semana no fim de novembro -, em maior número mulheres, crianças e trabalhadores estrangeiros: 57 reféns são homens, 12 são mulheres e também há duas crianças. Dos 71 reféns que poderão estar vivos, 61 são israelitas, entre os quais três beduínos, ou com dupla cidadania, e 12 deles são soldados. Há ainda sete estrangeiros (seis tailandeses e um nepalês). Esses reféns são a moeda de troca do Hamas para tentar obter um cessar-fogo na guerra e a libertação de prisioneiros palestinos detidos em Israel..Críticas dos EUA a Netanyahu.A caminho de Doha, depois da nona visita a Telavive desde 7 de outubro, e de uma paragem no Cairo, o secretário de Estado norte-americano fez saber do seu desagrado pelas declarações atribuídas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Durante a viagem de avião, um alto funcionário norte-americano, que pediu o anonimato, criticou as declarações “maximalistas” sobre a manutenção do controlo da fronteira entre Gaza e o Egito, afirmando que “não são construtivas para se chegar a um acordo de cessar-fogo”. Tais comentários “põem certamente em risco a capacidade de as conversações a nível de aplicação, de trabalho e técnicas poderem avançar assim que ambas as partes concordarem com uma proposta de transição”, afirmou. Segundo o Haaretz, o círculo do primeiro-ministro israelita não acredita que o acordo de cessar-fogo permaneça em vigor durante as seis semanas iniciais, enquanto Netanyahu insiste na presença do exército israelita ao longo da fronteira Gaza-Egito. Por outro lado, o Canal 12 adianta que o governo israelita não acredita que o líder do Hamas aceite o acordo de compromisso apresentado pelos norte-americanos..com AFP