OMS traça primeiro perfil de afetados por monkeypox
Um primeiro perfil das pessoas afetadas pelo surto monkeypox está a começar a ser traçado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O mais comum é o de um homem com menos de 40 anos, que vive na Europa e que tem relações sexuais com pessoas do mesmo sexo e apresenta erupções cutâneas pelo corpo, além de febre.
Este é um perfil das características mais gerais, representativo da maioria dos pacientes.
Com 81,6% dos 6.027 casos registados no mundo, a Europa é, de longe, a região mais atingida pela onda de casos, detetada em maio fora dos países da África Central e Ocidental, onde o vírus é endémico.
Alemanha, Reino Unido e Espanha são os países mais afetados no mundo, com mais de 1.000 casos cada.
Segundo a OMS, 99,5% dos pacientes são homens, com idade média de 37 anos.
Cerca de 60% dos pacientes que revelaram sua orientação sexual - um terço dos afetados - identificam-se como gays, bissexuais ou fizeram sexo com outros homens, de acordo com o relatório.
Na quarta-feira, o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, insistiu com a preocupação com o aumento dos casos de monkeypox e anunciou que vai convocar o comité de emergência para estudar a magnitude da crise. A 25 de junho, ele tinha considerado que o aumento de casos não justificava a ativação do nível mais alto de alerta da organização.