Ryan Walters, responsável pela educação no estado do Oklahoma
Ryan Walters, responsável pela educação no estado do Oklahoma

Oklahoma ordena às escolas que ensinem a Bíblia

Responsável pela educação no Oklahoma informou que "todos os professores, todas as salas de aula do estado devem ter uma Bíblia" e "ensinar a partir" do "documento histórico". Decisão surge após o governador do Louisiana ter aprovado uma lei que exige a afixação dos "Dez Mandamentos" em todas as salas de aula.
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O principal responsável pela educação no Oklahoma ordenou na quinta-feira que as escolas públicas do estado do sul dos Estados Unidos ensinem a Bíblia.

Ryan Walters informou, numa conferência de imprensa, que "todos os professores, todas as salas de aula do estado devem ter uma Bíblia e ensinar a partir da Bíblia".

O responsável anunciou a publicação de um memorando que todos os distritos escolares terão de cumprir.

"A Bíblia é um documento histórico necessário para ensinar aos nossos filhos a história deste país, para lhes dar uma compreensão completa da civilização ocidental e para os ajudar a compreender os fundamentos do nosso sistema jurídico", afirmou o político republicano.

A lei foi imediatamente contestada em tribunal por uma associação que argumentou que era inconstitucional e violava a separação entre a Igreja e o Estado.

É provável que a medida anunciada em Oklahoma seja também alvo de contestação em tribunal.

A Primeira Emenda da Constituição dos EUA proíbe o estabelecimento de uma religião nacional ou a preferência de uma religião sobre outra.

Nos últimos anos, porém, a direita afeta a Trump intensificou uma retórica identitária com o objetivo de trazer os valores cristãos de volta ao centro do debate público.

Na semana passada, Walters elogiou a lei do Louisiana, explicando que queria imitá-la.

"Precisamos trazer Deus de volta às escolas e não permitir que a esquerda radical transforme as nossas escolas em centros ateus que falam do nosso país sem ter em conta a influência da fé", frisou, em declarações à Fox News.

Este discurso foi posteriormente saudado por Donald Trump, que conta com o apoio dos cristãos evangélicos na tentativa de reconquistar em novembro a Casa Branca a Joe Biden.

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