Exclusivo O continente que quer ser ouvido é alvo de competição acesa

Estados Unidos e União Europeia prometem milhares de milhões em investimentos numa região em que a China, a Rússia e a Turquia correm em pista própria.

O presidente em exercício da União Africana (UA), na véspera de viajar para Washington, onde se celebrou uma cimeira entre os Estados Unidos e os países africanos, desabafou: "Quando falamos, muitas vezes não somos ouvidos, ou de qualquer forma, não recebemos interesse suficiente. É isto que queremos mudar. E que ninguém nos diga que não, que não trabalhem com este ou aquele, que apenas trabalhem connosco. Queremos trabalhar e comerciar com todos", disse Macky Sall, que é o chefe de Estado do Senegal. Os EUA são os últimos a entrar na disputa de uma nova corrida a África, concorrendo com a UE, Turquia, China e Rússia.

Uma mistura explosiva de agravamento das condições de vida devido à pandemia, Estados frágeis, corrupção generalizada, desprezo pelos direitos civis, violência e/ou terrorismo, levou a que, em menos de 30 meses, o continente africano (em particular na faixa do Sahel e à sua volta) tenha vivido sete golpes militares bem-sucedidos. Além disso há 16 países com conflitos ativos.

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