Cerca de uma semana depois de os 42 barcos da Global Sumud Flotilla terem sido intercetados por Israel, uma outra flotilha teve o mesmo destino sem conseguir alcançar o objetivo de romper o bloquei naval à Faixa de Gaza. As 145 pessoas que seguiam a bordo das nove embarcações foram levadas para Israel como as mais de 400 da primeira (incluindo quatro cidadãos portugueses), devendo ser igualmente deportadas.“Outra tentativa falhada de romper o bloqueio naval legal e entrar numa zona de combate não resultou em nada. Os navios e os passageiros são transferidos para um porto israelita. Todos os passageiros estão seguros e de boa saúde. Espera-se que os passageiros sejam deportados imediatamente”, indicou no X o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel. Esta já é a quarta flotilha intercetada. . Oito veleiros com bandeiras italiana e francesa e um navio de passageiros registado em Timor-Leste foram intercetados e abordados a partir das 4h34 da manhã desta quarta-feira (8 de outubro) em águas internacionais, a cerca de 120 milhas náuticas da Faixa de Gaza, segundo os organizadores da Freedom Flotilla Coalition, uma rede de grupos pró-palestinianos que procuram quebrar o bloqueio israelita e levar ajuda humanitária ao enclave, e da Thousand Madleens to Gaza..Os organizadores indicaram que entre os participantes da nova flotilha há “humanitários, médicos e jornalistas” de várias nacionalidades - incluindo espanhóis, turcos, dinamarqueses, franceses ou belgas - que “foram levados contra a sua vontade e estão detidos em condições desconhecidas”. Alegam ainda que a ação foi ilegal, já que Israel não tem jurisdição sobre as águas internacionais e reiteram que a flotilha não representava qualquer perigo. Os navios transportavam mais de 110 mil dólares em medicamentos, equipamento respiratório e suplementos nutricionais para os hospitais de Gaza.Seis ativistas que fizeram parte da flotilha intercetada há cerca de uma semana continuam a aguardar a deportação, segundo os conselheiros legais. São cidadãos de Marrocos, Noruega e Espanha. A única ativista espanhola ainda em Israel é Reyes Rigo Cervilla, acusada de morder uma funcionária médica do centro prisional. Os outros espanhóis põem em causa esta explicação, alegando que ela foi alvo de agressões. Esta quarta-feira, um tribunal israelita prolongou por mais três dias a detenção..Ativistas da flotilha para Gaza vão ter de pagar custos da viagem de regresso a Portugal