Meloni considera inoportuno convite de Macron a Zelensky
Presidente ucraniano viajou até Paris depois de ter estado em Londres e antes de ir para Bruxelas para a reunião do Conselho Europeu.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou esta quinta-feira inoportuna a decisão do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, de convidar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para ir a Paris antes da reunião extraordinária do Conselho Europeu.
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As nossas forças "devem estar unidas", disse Meloni ao chegar à reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Na quarta-feira, Zelensky visitou Londres e posteriormente deslocou-se a Paris, onde se encontrou com Macron e o chanceler alemão, Olaf Scholz. Esta quinta-feira, o Presidente ucraniano voou para Bruxelas acompanhado por Emmanuel Macron.
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Meloni afirmou, no entanto, que "a Itália está totalmente empenhada" em apoiar Kiev contra a invasão russa, dizendo que a "contribuição" de Itália é muito abrangente.
"Estamos cientes que o conflito na Ucrânia envolve a todos nós", acrescentou.
"Penso que a melhor forma de construir uma opção de diálogo e paz é manter as forças no campo [de batalha ]num nível equilibrado. Apoiar a Ucrânia é a melhor maneira de chegar a uma possível negociação", sublinhou a chefe de Governo italiana.
"Roma quer ser um dos protagonistas, inclusive na fase de reconstrução", declarou a primeira-ministra italiana.
Giorgia Meloni deve manter uma reunião bilateral à margem da cimeira europeia com Zelensky, que se deslocou para Bruxelas junto com Macron.
Depois de se dirigir ao Parlamento Europeu, Zelensky reúne-se ainda hoje com o conjunto do Conselho Europeu, estando previsto a seguir um período de duas horas para reuniões bilaterais em grupo com os chefes de Estado e de Governo dos 27.
À entrada para a reunião extraordinária, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, salientou ainda que a UE se mantém "extremamente unida, mais do que nunca" na ajuda à Ucrânia quer com meios militares, quer com apoio político.
Os líderes da UE irão debater na reunião que meios poderão ser mobilizados nas próximas semanas e meses.
As consequências económicas da invasão russa da Ucrânia estão ainda na agenda da reunião, adiantou Michel.