Líder dos serviços secretos da Ucrânia não vê sinal de envio de armas da China à Rússia

Funcionários de alto escalão do governo dos Estados Unidos afirmaram recentemente que a China está a considerar enviar equipamentos letais à Rússia.
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O líder dos serviços secretos da Ucrânia, Kyrylo Budanov, afirmou numa entrevista à rádio Voice of America que não vê nenhum indício de que a China pretende enviar armas à Rússia.

Funcionários de alto escalão do governo dos Estados Unidos afirmaram recentemente que a China está a considerar enviar equipamentos letais à Rússia e iniciaram uma campanha diplomática para impedir tal medida.

Budanov rejeitou essa hipótese: "Não partilho dessa opinião. Neste momento, não acredito que a China aceite transferir armas à Rússia (...) Não vejo nenhum indício de que tal coisa sequer esteja a ser discutida."

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, expressou há algumas semanas a preocupação com o potencial envio de armas, durante uma reunião tensa com o líder da diplomacia chinesa. O diretor da CIA insistiu numa entrevista no domingo que Pequim estaria a considerar a possibilidade.

Alguns meios de comunicação dos Estados Unidos, com base em fontes não identificadas do governo, afirmam que a China está a decidir se envia ou não drones e algumas munições à Rússia.

Questionado sobre as alegações americanas, Budanov respondeu: "Sou o líder dos serviços secretos e dependo, com todo o respeito, não das opiniões de indivíduos, mas de fatos. Não vejo tais fatos".

Ao ser questionado onde a Rússia poderia procurar armamento, Budanov afirmou que, além de relatos não confirmados de envios a partir da Coreia do Norte, "praticamente o único país que atualmente transfere armas mais ou menos importantes é o Irão".

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