Kremlin culpa Ucrânia pelo homicídio de general com carro armadilhado perto de Moscovo

Kremlin culpa Ucrânia pelo homicídio de general com carro armadilhado perto de Moscovo

Kiev ainda não reagiu às alegações sobre a morte de Yaroslav Moskalik, o mais recente de uma série de oficiais militares russos e figuras pró-guerra a serem assassinados desde o início da guerra.
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O Kremlin culpou a Ucrânia pelo ataque com um carro armadilhado que matou um alto oficial militar russo perto de Moscovo nesta sexta-feira, horas antes de o enviado de Donald Trump, Steve Witkoff, se encontrar com o presidente Vladimir Putin na capital russa.

Kiev ainda não reagiu às alegações sobre a morte de Yaroslav Moskalik, de 59 anos, o mais recente de uma série de oficiais militares russos e figuras pró-guerra a serem assassinados desde o início da guerra.

"O regime de Kiev mostra mais uma vez a sua verdadeira natureza. O regime de Kiev continua envolvido em atividades terroristas no território do nosso país", acusou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à televisão estatal russa. "Isto mostra mais uma vez que, apesar das negociações de paz, devemos estar em guarda e compreender a natureza deste regime", acrescentou.

Moskalik era vice-chefe da Direção Principal de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas Russas e tinha um papel importante no planeamento das operações militares russas, tendo morrido na sequência "da detonação de um dispositivo explosivo artesanal cheio de elementos destrutivos", disseram as autoridades russas.

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) havia matado o tenente-general Igor Kirillov de forma semelhante em dezembro do ano passado passado.

Moskalik era uma espécie de estrela em ascensão na Rússia, tendo integrado várias delegações russas de alto nível que se reuniram com as autoridades ocidentais para tentar negociar uma solução para o conflito na Ucrânia.

Também lidou com a Síria e apresentou um relatório sobre a cooperação técnico-militar em África e no Médio Oriente num fórum de segurança em Moscovo, em 2021.

Segundo Rybar, um blogger de guerra russo com mais de 1,2 milhões de assinantes no Telegram, Moskalik era visto como "um dos oficiais mais inteligentes e exigentes" e que estava a ser considerado para servir como chefe do Centro de Gestão de Defesa Nacional, o centro supremo de comando e controlo das Forças Armadas Russas, devido à sua "abordagem sistemática e consideração".

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