Kim Jong-un quer aumentar a produção norte-coreana de armas nucleares
A Coreia do Norte divulgou pela primeira vez esta sexta-feira imagens da sua instalação de enriquecimento de urânio, feitas durante uma visita do líder Kim Jong-un, que pediu mais centrifugadoras para aumentar o arsenal nuclear do país.
Kim visitou o Instituto de Armas Nucleares e a “base de produção de materiais nucleares para armas”, segundo a Agência Central de Notícias da Coreia, sem fornecer a localização da instalação ou a data da visita. Segundo a mesma fonte, o líder norte-coreano “enfatizou a necessidade de aumentar ainda mais o número de centrifugadoras, a fim de aumentar exponencialmente as armas nucleares para autodefesa”, mas também “a necessidade de estabelecer uma meta mais elevada de longo prazo na produção dos materiais nucleares necessários”.
Os programas de armas nucleares da Coreia do Norte são proibidos pelas sanções da ONU, mas o país desrespeita estas restrições, graças em parte ao apoio de Rússia e China. A Coreia do Sul criticou Pyongyang pela instalação de enriquecimento de urânio e pelos seus objetivos de aumentar a produção de materiais para armas nucleares tácticas. É “uma clara violação de uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, referiu esta sexta-feira um porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.
Acredita-se que a Coreia do Norte tenha várias instalações de enriquecimento de urânio, incluindo uma na sua central nuclear de Yongbyon, que Pyongyang supostamente desativou após negociações, embora tenha reativado a instalação em 2021. Na opinião de Hong Min, analista sénior do Instituto Coreano para a Unificação Nacional, a instalação revelada esta sexta-feira é “altamente provável que seja o local de Kangson”, outro complexo nuclear ultrassecreto perto de Pyongyang.
Esta revelação foi feita no dia em que o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Choigou, foi recebido por Kim Jong-Un, no âmbito da “continuação de um diálogo estratégico”, anunciaram as autoridades russas. Os dois países têm-se aproximado mais desde que Moscovo invadiu a Ucrânia, com os aliados de Kiev a acusar a Coreia do Norte de fornecer armas à Rússia.
com agências