Jovem palestiniano morto por militares israelitas na Cisjordânia
O incidente aconteceu um dia depois de tropas israelitas terem matado cinco palestinianos armados durante uma operação num campo de refugiados, também na Cisjordânia ocupada.
O Ministério da Saúde palestiniano anunciou esta terça-feira que tropas de Israel mataram um adolescente palestiniano, numa operação do exército israelita na Cisjordânia ocupada.
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Hamza al-Ashqar, de 17 anos, morreu com um tiro na cabeça, de acordo com o ministério, que mas não forneceu detalhes adicionais sobre o incidente.
Até à data, não houve qualquer confirmação sobre esta morte por parte dos militares israelitas.
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O incidente aconteceu um dia depois de tropas israelitas terem matado cinco palestinianos armados durante uma operação num campo de refugiados, também na Cisjordânia ocupada.
A tensão está elevada há meses, uma vez que Israel tem vindo a realizar incursões noturnas para proceder a detenções na Cisjordânia, motivadas por uma série de ataques palestinianos contra israelitas na primavera passada.
Durante a madrugada, agentes das Forças Armadas de Israel invadiram uma cidade a leste de Nablus, realizando incursões em várias casas, algo que gerou confrontos, segundo a agência noticiosa palestiniana Al Quds, que indicou que três pessoas foram detidas.
A Autoridade Palestiniana declarou que cessaria a coordenação de segurança com Israel depois de 10 palestinianos terem sido mortos numa operação no mês passado.
Quase 150 palestinianos foram mortos em 2022 na Cisjordânia ocupada e no leste de Jerusalém, tornando-se o ano mais mortal nessas áreas desde 2004, segundo dados do grupo de direitos humanos israelita B'Tselem.
Desde o início deste ano, 42 palestinianos, incluindo nove menores, foram mortos nesses territórios, segundo dados das autoridades da Palestina. Ataques palestinianos mataram cerca de 30 israelitas em 2022.
A onda de violência entre Israel e palestinianos ocorre num momento de tensões em torno do novo Governo de Israel, considerado o mais à direita da história do país.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, o ultranacionalista Itamar Ben-Gvir, prometeu continuar as suas visitas aos locais sagrados de Jerusalém, apesar dos apelos da Jordânia para que Israel mantenha o frágil equilíbrio nesta zona.