O tenente-general Oleg Tsokov morreu num ataque ucraniano contra um hotel em Berdiansk (território ocupado pelas forças de Moscovo) que albergava vários responsáveis militares russos, segundo relatavam esta quarta-feira vários bloggers de guerra e meios de comunicação da Rússia. Será o 11.º general russo a morrer desde a invasão na Ucrânia, apesar de oficialmente o Kremlin só ter confirmado seis mortes. As outras cinco são reivindicadas pelos ucranianos..Segundo os relatos, Tsokov estaria no Duna Hotel que terá sido "arrasado" num ataque com um míssil Storm Shadow fornecido pelos britânicos. Isto apesar de, alegadamente, o local que servia de alojamento para as chefias militares na cidade ocupada ficar próximo das defesas antiaéreas. Em setembro, Tsokov (que era subcomandante do Distrito Militar do Sul) já teria sido ferido gravemente numa perna noutro ataque em Svatove, na região de Lugansk, tendo então sido retirado para São Petersburgo..O último general russo a morrer tinha sido Sergey Goryachev, noutro ataque com um míssil a 12 de junho, já em plena contraofensiva ucraniana, também na região de Zaporíjia. Os outros terão morrido ainda nos primeiros meses a pós a invasão a 24 de fevereiro de 2022, a maioria logo em março e abril..Um outro general que está afastado dos olhares públicos desde o motim do Grupo Wagner, Sergei Surovikin, vice-comandante das operações militares na Ucrânia, não estará morto mas estará "a descansar". Quem o disse foi o deputado Andrei Kartapolov, responsável pela Comissão de Defesa da Duma, num vídeo publicado nas redes sociais: "Surovikin está atualmente a descansar. Não está disponível por agora.".Apelidado de "General Armagedão" pela sua agressividade no conflito na Síria, Surovikin foi visto pela última vez em público a pedir o fim da rebelião dos mercenários do Grupo Wagner, quando esta ainda decorria. O general, ao contrário de outros líderes militares russos, era regularmente elogiado pelo líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, sendo por isso visto como próximo dos mercenários..O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, enviou uma carta ao presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira com uma proposta para a extensão do acordo de cereais, que expira a 17 deste mês. Em troca, Guterres propõe ligar uma subsidiária do Banco Agrícola da Rússia ao sistema internacional de pagamentos SWIFT. "O objetivo é remover os obstáculos que afetam as transações financeiras, uma grande preocupação expressa pela Federação Russa e, simultaneamente, permitir o fluxo contínuo de cereais ucranianos através do Mar Negro", indicou o porta-voz, Stéphane Dujarric.."As pessoas vulneráveis em todo o mundo, que podem perder muito com o desmembramento dos acordos e um provável aumento subsequente nos preços globais de alimentos e fertilizantes, continuam a ser a sua principal preocupação. O secretário-geral continua envolvido com todas as partes relevantes sobre esta questão e expressa a sua vontade de aprofundar a sua proposta", concluiu Dujarric..susana.f.salvador@dn.pt