Cessar-fogo assinalado nas ruas. Familiares dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza e apoiantes fazem vígilia de apelo ao cessar-fogo e à libertação dos reféns, em Telavive, Israel, em frente à sede do Likud, partido que suporta o governo israelita.
Cessar-fogo assinalado nas ruas. Familiares dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza e apoiantes fazem vígilia de apelo ao cessar-fogo e à libertação dos reféns, em Telavive, Israel, em frente à sede do Likud, partido que suporta o governo israelita.ABIR SULTAN/EPA

Israel e Hamas chegam a acordo para um cessar-fogo. "É uma oportunidade para um novo futuro"

O presidente israelita pede a Netanyahu para aprovar acordo, que deverá entrar em vigor no domingo. Trump diz que entendimento deve-se à sua vitória eleitoral.
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O genocídio que ocorre na Faixa de Gaza, fruto do conflito israelo-árabe e que atravessa há 15 meses a intensificação dos ataques de Israel, após um ataque do Hamas a comunidades israelitas, deve entrar num período de cessar-fogo a partir de domingo, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, numa conferência de imprensa, em Doha, onde foi alcançado um acordo para um cessar-fogo na guerra que já matou dezenas de milhares de palestinianos.

O governante catari garantiu ainda que o acordo foi alcançado entre todas as partes, mas admitiu que ainda não foi determinado o momento exato, no domingo, em que entra em vigor o acordo.

O presidente israelita, Isaac Herzog, pediu ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu que aprove o acordo esta quinta-feira, dia em que o governo israelita vai votar o entendimento alcançado hoje.

Netanyahu falou, entretanto, com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para lhe agradecer o apoio no acordo que estabelece a libertação dos reféns e por "ajudar Israel a pôr fim ao sofrimento de dezenas de reféns e das suas famílias".

O primeiro-ministro israelita falou depois com o ainda presidente norte-americano, Joe Biden, também para agradecer o seu apoio na libertação dos reféns, segundo a Sky News.

Numa primeira fase está previsto um cessar-fogo de seis semanas e uma retirada gradual do exército israelita de Gaza, bem como a libertação de reféns detidos pelo Hamas em troca de detidos por Israel.

As negociações entre Israel e Hamas têm sido mediadas por altos responsáveis egípcios e cataris, apoiados pelos Estados Unidos.

Segundo a Reuters, os palestinianos do Hamas deram aos mediadores, primeiro, uma aprovação verbal para um acordo de cessar-fogo e troca de reféns, estando a aguardar mais informações e uma aprovação final por escrito do lado de Israel.

Um dado relevante para o cessar-fogo é o regresso de Gideon Saar, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, ao país. O governante encontra-se num périplo pela Europa, mas vai regressar durante a noite para participar na votação israelita do acordo alcançado, que deverá ser feita esta quinta-feira (15).

"A minha diplomacia nunca parou nos seus esforços", destaca Biden. Trump sublinha que acordo deveu-se à sua vitória eleitoral

O ainda presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou o acordo, que deverá colocar um ponto final nos combates em Gaza e o envio de ajuda humanitária aos civis palestinianos.

“Hoje, depois de muitos meses de intensa diplomacia por parte dos Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Qatar, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e de reféns”, afirmou Biden em comunicado.

“Este acordo vai pôr termo aos combates em Gaza, prestar a tão necessária assistência humanitária aos civis palestinianos e reunir os reféns com as suas famílias após mais de 15 meses de cativeiro", considerou o presidente norte-americano. “A minha diplomacia nunca parou nos seus esforços para conseguir isto”, disse.

Já em conferência de imprensa, Biden afirmou que este é um acordo em três fases, sendo que na primeira serão libertados os norte-americanos. A segunda fase irá traduzir-se no "fim permanente da guerra", afirmou, dando conta que uma série de pormenores ainda precisam de ser negociados.

Caso as negociações da segunda fase demorarem mais de seis semanas, o cessar-fogo manter-se-á em vigor.

“Comprometemo-nos a garantir que as negociações continuarão a decorrer durante o tempo que for necessário”, assegurou.

Está previsto que no final da segunda fase, todas as forças israelitas serão retiradas de Gaza e o cessar-fogo temporário tornar-se-á permanente.

Os restos mortais dos reféns serão devolvidos às suas famílias na terceira fase e será iniciado um “grande plano de reconstrução de Gaza”.

Acordo prevê a libertação, em várias fases, de dezenas dos detidos pelo Hamas e de centenas de prisioneiros palestinianos em Israel.

O acordo também permitirá a entrada da ajuda humanitária no território devastado por 15 meses de guerra.

“Nos últimos dias, temos falado como uma equipa. Este tem sido um período de verdadeira turbulência para o Médio Oriente, mas enquanto me preparo para deixar o cargo, os nossos amigos são fortes, os nossos inimigos são fracos e existe uma oportunidade genuína para um novo futuro”, destacou.

Joe Biden afirmou que a sua administração e a equipa do presidente eleito, Donald Trump, "dialogaram como uma equipa" durante as negociações sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Eu sabia que este acordo teria de ser implementado pela próxima equipa, por isso disse à minha equipa para se coordenar estreitamente com a nova equipa para garantir que todos falávamos a uma só voz", afirmou Biden, a partir da Casa Branca, ladeado pela vice-presidente Kamala Harris e o secretário de Estado Antony Blinken.

Antes, quando a imprensa internacional estava a noticiar o entendimento alcançado, Donald Trump, presidente eleito norte-americano que toma posse no dia 20, confirmou entretanto a existência de um acordo.

"Temos acordo para os reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve", escreveu na rede social Truth Social.

Depois daquela mensagem, Trump afirmou que o acordo surge por sua causa. "Só poderia ter acontecido como resultado da nossa vitória eleitoral histórica (...) Estou muito contente por os reféns regressarem a casa para se reunirem com as suas famílias", escreveu.

Donald Trump escreveu, ainda, que a sua equipa de Segurança Nacional "continuará a trabalhar em estreita colaboração com Israel e [outros países] Aliados para garantir que Gaza nunca mais se torne um porto seguro para territoristas". E prometeu: "Vamos continuar a promover a paz pela força em toda a região [do Médio Oriente]."

O conflito que ocorre na Faixa de Gaza, fruto do conflito israelo-árabe e que atravessa há 15 meses a intensificação dos ataques de Israel, após um ataque do Hamas a comunidades israelitas, deve entrar num período de cessar-fogo a partir de domingo, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, numa conferência de imprensa, em Doha, onde foi alcançado um acordo para um cessar-fogo na guerra que já matou dezenas de milhares de palestinianos.

O governante catari garantiu ainda que o acordo foi alcançado entre todas as partes, mas admitiu que ainda não foi determinado o momento exato, no domingo, em que entra em vigor o acordo.

O presidente israelita, Isaac Herzog, pediu ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu que aprove o acordo esta quinta-feira, dia em que o governo israelita vai votar o entendimento alcançado hoje.

Numa primeira fase está previsto um cessar-fogo de seis semanas e uma retirada gradual do exército israelita de Gaza, bem como a libertação de reféns detidos pelo Hamas em troca de detidos por Israel.

As negociações entre Israel e Hamas têm sido mediadas por altos responsáveis egípcios e cataris, apoiados pelos Estados Unidos.

Segundo a Reuters, os palestinianos do Hamas deram aos mediadores, primeiro, uma aprovação verbal para um acordo de cessar-fogo e troca de reféns, estando a aguardar mais informações e uma aprovação final por escrito do lado de Israel.

Um dado relevante para o cessar-fogo é o regresso de Gideon Saar, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, ao país. O governante encontra-se num périplo pela Europa, mas vai regressar durante a noite para participar na votação israelita do acordo alcançado, que deverá ser feita esta quinta-feira (15).

Biden confirma acordo. "Só poderia ter acontecido como resultado da nossa vitória", diz Trump

O ainda presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou o acordo, que deverá colocar um ponto final nos combates em Gaza e o envio de ajuda humanitária aos civis palestinianos.

“Hoje, depois de muitos meses de intensa diplomacia por parte dos Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Qatar, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e de reféns”, afirmou Biden em comunicado.

“Este acordo vai pôr termo aos combates em Gaza, prestar a tão necessária assistência humanitária aos civis palestinianos e reunir os reféns com as suas famílias após mais de 15 meses de cativeiro", considerou o presidente norte-americano. “A minha diplomacia nunca parou nos seus esforços para conseguir isto”, disse.

Já em conferência de imprensa, Biden afirmou que este é um acordo em três fases, sendo que na primeira serão libertados os norte-americanos. A segunda fase irá traduzir-se no "fim permanente da guerra", afirmou, dando conta que uma série de pormenores ainda precisam de ser negociados.

Caso as negociações da segunda fase demorarem mais de seis semanas, o cessar-fogo manter-se-á em vigor.

“Comprometemo-nos a garantir que as negociações continuarão a decorrer durante o tempo que for necessário”, assegurou.

Está previsto que no final da segunda fase, todas as forças israelitas serão retiradas de Gaza e o cessar-fogo temporário tornar-se-á permanente.

Os restos mortais dos reféns serão devolvidos às suas famílias na terceira fase e será iniciado um “grande plano de reconstrução de Gaza”.

Acordo prevê a libertação, em várias fases, de dezenas dos detidos pelo Hamas e de centenas de prisioneiros palestinianos em Israel.

O acordo também permitirá a entrada da ajuda humanitária no território devastado por 15 meses de guerra.

“Nos últimos dias, temos falado como uma equipa. Este tem sido um período de verdadeira turbulência para o Médio Oriente, mas enquanto me preparo para deixar o cargo, os nossos amigos são fortes, os nossos inimigos são fracos e existe uma oportunidade genuína para um novo futuro”, destacou.

Joe Biden afirmou que a sua administração e a equipa do presidente eleito, Donald Trump, "dialogaram como uma equipa" durante as negociações sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Eu sabia que este acordo teria de ser implementado pela próxima equipa, por isso disse à minha equipa para se coordenar estreitamente com a nova para garantir que todos falávamos a uma só voz", afirmou Biden, a partir da Casa Branca, ladeado pela vice-presidente Kamala Harris e o secretário de Estado Antony Blinken.

Antes, quando a imprensa internacional estava a noticiar o entendimento alcançado, Donald Trump, presidente eleito norte-americano que toma posse no dia 20, confirmou entretanto a existência de um acordo.

"Temos acordo para os reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve", escreveu na rede social Truth Social.

Depois daquela mensagem, Trump afirmou que o acordo surge por sua causa. "Só poderia ter acontecido como resultado da nossa vitória eleitoral histórica (...) Estou muito contente por os reféns regressarem a casa para se reunirem com as suas famílias", escreveu.

Donald Trump escreveu, ainda, que a sua equipa de Segurança Nacional "continuará a trabalhar em estreita colaboração com Israel e [outros países] Aliados para garantir que Gaza nunca mais se torne um porto seguro para terroristas". E prometeu: "Vamos continuar a promover a paz pela força em toda a região [do Médio Oriente]."

O presidente eleito dos EUA quer também "expandir" os Acordos de Abrão, celebrados a 15 de setembro de 2020, entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, para a normalização das relações israelo-árabes.

Ainda segundo Trump, Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, foi um dos responsáveis pelo acordo.

De acordo com a Reuters, Witkoff é um empresário do ramo imobiliário e investidore em criptoativos, com negócios ligados ao Qatar e Estados do Golfo Pérsico, que fez donativos para a campanha presidencial de Trump.

No início do mês, Steve Witkoff - que segundo a Reuters tinha a missão de conseguir um acordo antes da tomada de posse de Trump - reuniu com Netanyahu e com o Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, primeiro-ministro do Qatar.

Guterres saúda cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns e pede implementação

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, saudou o acordo e instou as partes envolvidas a garantirem que seja totalmente implementado.

Numa breve declaração à imprensa, na sede da ONU em Nova Iorque, Guterres indicou que a prioridade a partir de agora deve ser "aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito".

"As Nações Unidas estão prontas para apoiar a implementação deste acordo e aumentar a entrega de ajuda humanitária sustentada aos inúmeros palestinianos que continuam a sofrer", afirmou

Guterres saúda cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns e pede implementação

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, saudou o acordo e instou as partes envolvidas a garantirem que seja totalmente implementado.

Numa breve declaração à imprensa, na sede da ONU em Nova Iorque, Guterres indicou que a prioridade a partir de agora deve ser "aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito".

"As Nações Unidas estão prontas para apoiar a implementação deste acordo e aumentar a entrega de ajuda humanitária sustentada aos inúmeros palestinianos que continuam a sofrer", afirmou

Acordo assinalado nas ruas. Netanyahu diz que faltam detalhes para acordo final

Com as notícias de um acordo para um cessar-fogo e libertação de reféns, as televisões têm transmitido as reações de palestinianos e de israelitas. Há festejos dos dois lados. No entanto, o primeiro-ministro de Israel fez saber que o acordo ainda não está fechado.

Numa nota do gabinete de Netanyahu lê-se: "Perante a posição firme do primeiro-ministro Netanyahu, o [movimento islamita palestiniano] Hamas recuou na sua exigência de última hora para alterar a distribuição de forças no Corredor de Filadélfia"

O chamado Corredor de Filadélfia refere-se a uma zona desmilitarizada de 14 quilómetros de comprimento e 100 metros de largura - serve como "tampão" no conflito - que se estende ao longo de toda a fronteira entre o Egito e Gaza.

Apesar da mensagem do governo de Israel, Basem Naim, um alto dirigente do Hamas confirmou, citado pela imprensa israelita, que o grupo islamita palestiniano deu aval ao acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza com Israel e à libertação dos reféns que mantém em sua posse.

Costa saúda cessar-fogo e pede "acesso imediato" da ajuda a Gaza

 O presidente do Conselho Europeu, António Costa, espera que acordo permita o "acesso imediato" da ajuda humanitária ao enclave.

"Saúdo o acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns alcançado hoje. Espero que este acordo ponha fim ao sofrimento dos civis e que aqueles que estão em cativeiro possam reunir-se com os seus entes queridos", sublinhou o ex-primeiro-ministro português.

Para António Costa, o cessar-fogo "deve permitir o acesso imediato à ajuda humanitária tão necessária e criar as condições para a recuperação e reconstrução de Gaza".

"A UE continua empenhada numa paz abrangente, justa e duradoura, baseada na solução dos dois Estados", destacou ainda o ex-primeiro-ministro português.

Portugal saúda cessar-fogo em Gaza e espera solução política duradoura

"O Presidente da República saúda o acordo de cessar-fogo em Gaza, anunciado esta tarde pelos mediadores", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem divulgada no site da Presidência.

"Esta decisão abre a porta ao regresso dos reféns na posse do Hamas desde o fatídico ataque de 7 de outubro de 2023, assim como ao fim do sofrimento imenso da população palestina na Faixa de Gaza", referiu.

O chefe de Estado português acrescenta na nota que "Portugal apoiará todos os esforços para fazer deste acordo uma realidade e estabilizar a situação na Faixa de Gaza e na região".

"O Governo português saúda e apoia o acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns e pausa nas hostilidades na Faixa de Gaza. O cessar-fogo permitirá aliviar o sofrimento das populações envolvidas e avançar rumo a uma solução política duradoura", pode ler-se, numa publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.

O primeiro-ministro português também saudou o "muito aguardado" anúncio de um cessar-fogo, desejando que este passo traga "uma paz duradoura à região.

"Saúdo o há muito aguardado anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, incluindo a libertação dos reféns, a retirada das forças israelitas e o acesso de ajuda humanitária a Gaza. Um passo necessário rumo a uma paz duradoura", escreveu Luís Montenegro, na sua conta na rede social X.

Líder do PS, Pedro Nuno Santos, descreveu o acordo de cessar-fogo como sendo "uma boa notícia e um sinal de esperança no futuro".

"Importa agora criar condições para intervir na situação humanitária em Gaza, que é crítica, e libertar os reféns, após longos meses de sofrimento", afirmou o líder da oposição. "A estabilidade regional só será alcançada com uma solução de dois Estados e um respeito escrupuloso pelo direito internacional", defendeu Pedro Nuno Santos numa mensagem nas redes sociais.

O presidente dos EUA, Joe Biden, que termina o mandato dentro de dias, dando lugar a Trump, já fez saber que a sua administração vai falar na quinta-feira sobre o acordo.

A 7 de outubro de 2023, o Hamas assumiu um ataque a comunidades israelistas que provocou a morte de 1200 soldados e civis, além do rapto de 250 cidadãos estrangeiros e israelitas. A resposta de Israel não tardou, com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ordenar a invasão militar de Gaza.

Os ataques das tropas israelitas têm-se sucedido, ao longo dos últimos 15 meses, provocando a morte de mais de 46 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, citados pela Reuters, que descreve a Faixa de Gaza como um "enclave costeiro que é um deserto de escombros", onde centenas de milhares de pessoas "sobrevivem ao frio do inverno em tendas e abrigos improvisados".

Com Lusa

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