O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse esta quarta-feira (1 de outubro) que os militares estão quase a fechar o cerco à cidade de Gaza, avisando os palestinianos que ainda lá estão que têm a “última oportunidade” para sair. “Os que ficarem em Gaza serão terroristas e apoiantes do terrorismo”. O ultimato surgiu quando ainda se espera a resposta do Hamas ao plano de paz apresentado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na segunda-feira. Segundo o jornal israelita Haaretz, o grupo terrorista palestiniano está inclinado a aceitar, desde que sejam feitas algumas alterações (querem, nomeadamente, garantias de que após entregarem os reféns nos primeiros dias, isso não leva Israel a manter o controlo da Faixa de Gaza sem obrigação de sair). De acordo com a mesma fonte, o Hamas aceitaria o acordo nas bases do que foi apresentado aos líderes dos países árabes na semana passada, antes de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, fazer mudanças no seu encontro com Trump. Na véspera, um oficial do Hamas tinha contudo dito à BBC que o plano “servia os interesses de Israel” e “ignorava os dos palestinianos” e que o grupo deveria rejeitá-lo. Uma fonte palestiniana, familiarizada com as deliberações entre o Hamas e outros grupos, apresentou outra visão à Reuters. “Aceitar o plano é um desastre, rejeitá-lo é outro; aqui só há escolhas amargas, mas o plano é um plano de Netanyahu articulado por Trump”, disse sob anonimato. “O Hamas está empenhado em pôr fim à guerra e ao genocídio e responderá de uma forma que sirva os interesses superiores do povo palestiniano”, acrescentou, sem adiantar mais pormenores.Detenções na AlemanhaA polícia alemã deteve três homens que estariam a planear um ataque contra alvos judeus no país em nome do Hamas. Na próxima semana, assinalam-se os dois anos do ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, no qual morreram 1200 pessoas em Israel.Os três suspeitos, dois de nacionalidade alemã e um libanês, todos na casa dos 30 e 40 anos, foram presos em Berlim. Foram apreendidas várias armas, incluindo uma metralhadora AK-47, e várias munições. As autoridades suspeitam que possam ser operacionais estrangeiros do Hamas, mas não excluem que possam ser apenas simpatizantes.Entretanto, em Washington, Trump assinou uma ordem executiva que diz que qualquer ataque ao Qatar é como se fosse um ataque aos EUA - o que levaria os militares norte-americanos a defender os aliados árabes. Isto depois de ter obrigado Netanyahu a pedir desculpas pelo bombardeamento em Doha, que visava a liderança do Hamas. .Netanyahu afirma na ONU que Israel “deve terminar o trabalho” em Gaza, em intervenção marcada por abandono de vários delegados.Ultimato. Trump dá "três ou quatro dias" ao Hamas para responder ao plano de paz para Gaza