Insónias terão levado o falecido Papa Bento XVI a renunciar

Imprensa alemã revela que os anos de persistentes problemas de sono foram a "principal razão" por trás da inesperada decisão de Bento XVI de renunciar ao cargo em 2013.

O falecido papa Bento XVI descreveu os anos de persistentes problemas de sono como a "principal razão" por trás da sua inesperada decisão de renunciar ao cargo em 2013, de acordo com uma reportagem da imprensa alemã esta sexta-feira.

Bento XVI sofria de insónias quase "constantemente" desde o início do seu mandato como papa em 2005, de acordo com uma carta escrita algumas semanas antes da sua morte na véspera de Ano Novo.

Na mensagem enviada ao seu biógrafo Peter Seewald, obtida pela revista alemã Focus, o papa disse que a medicação "forte" prescritas pelo seu médico significava que ele ainda era capaz de cumprir os seus deveres como chefe da Igreja Católica.

A medicação, no entanto, "atingiu o seu limite", o que significa que o pontífice alemão estava cada vez menos disponível, disse Bento XVI na carta datada de 28 de outubro de 2022.

Um acidente numa visita papal ao México e a Cuba em março de 2012 precipitou a decisão final de renunciar. Na primeira manhã da viagem, o papa encontrou o seu lenço "totalmente encharcado de sangue".

"Devo ter batido contra alguma coisa na casa de banho e caído", escreveu na carta, segundo a Focus.

Após o incidente, o seu médico recomendou uma "redução" no uso de medicamentos para dormir e insistiu que Bento XVI só participasse em eventos matinais em futuras viagens ao exterior.

Ficou rapidamente claro para o pontífice que as restrições médicas só poderiam ser seguidas "por um curto período de tempo", levando-o a anunciar que deixaria o cargo em 2013, antes da próxima grande viagem ao Brasil.

A decisão chocou o mundo, com Bento XVI a tornar-se o primeiro papa em quase 600 anos a renunciar.

O falecido papa lutou para conter numerosos escândalos na Igreja durante p seu papado, não menos importante o flagelo mundial de abuso sexual clerical. Após a renúncia, ele assumiu o título de papa emérito e continuou a viver no Vaticano, ao lado do seu sucessor, Francisco.

A saúde de Bento XVI piorou ainda mais antes de morrer aos 95 anos e ele quase já não era visto em público.

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