Hamas afima que morreram 11 pessoas em dia de suposta trégua

Ministério da Saúde afirma que houve bombardeamentos a Jabalia e à cidade de Gaza apesar de Israel ter afirmado aceitar proposta egípcia de cessar-fogo. A Jihad Islâmica respondeu aceitar o acordo ao final do dia.
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Onze palestinianos foram este domingo mortos em novos ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza, apesar de informações sobre a possibilidade de um cessar-fogo, de acordo com o Ministério da Saúde do movimento Hamas, no poder naquele território palestiniano.

Segundo um comunicado deste ministério, os 11 palestinianos morreram em bombardeamentos a Jabalia e à cidade de Gaza.

Cerca das 19:00 surgiram notícias dando conta que a Jihad Islâmica também aceitaria o acordo de tréguas proposto pelo Egito este domingo. Horas antes, fonte do serviço de segurança israelita tinha dito à AFP que Israel tinha feito o mesmo, sem entrar em pormenores.

"Foi alcançada há pouco tempo uma fórmula para o anúncio pelo Egito de um acordo de tréguas", que inclui o compromisso do Cairo de "trabalhar a favor da libertação de dois prisioneiros", anunciou Mohammed Al-Hindi, chefe da ala política da JIP, numa declaração citada pelas agências internacionais.

No total, desde o início, na sexta-feira, da operação militar israelita tendo como alvo o movimento armado palestiniano Jihad Islâmica, "41 palestinianos caíram como mártires, entre os quais 15 crianças e quatro mulheres, e 311 ficaram feridos" no enclave palestiniano da Faixa de Gaza, segundo se pode ler no referido comunicado.

Desde o início da sua operação, na sexta-feira, Israel garante que só está a atacar locais pertencentes à Jihad Islâmica, afirmando ter, até agora, matado 15 combatentes daquele grupo extremista.

Como retaliação, o grupo palestiniano dispara rockets para território israelita, a maioria dos quais é intercetada pela defesa antimíssil do país.

Duas pessoas sofreram ferimentos ligeiros com estilhaços de obuses, segundo os serviços de emergência.

Trata-se do pior confronto entre o Estado hebreu e organizações armadas da Faixa de Gaza desde a guerra de maio de 2021, que fez em 11 dias 260 mortos do lado palestiniano, entre os quais combatentes, e 14 mortos em Israel, incluindo um soldado, de acordo com as autoridades locais.

Israel impõe desde 2007 um embargo à Faixa de Gaza, território com 2,3 milhões de habitantes, governado pelos radicais islâmicos do Hamas.

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