Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

Gabinete de Netanyahu diz que Israel deverá aprovar cessar-fogo em Gaza e acordo para libertação de reféns

O primeiro-ministro israelita havia adiado para esta sexta-feira a votação do governo sobre o há muito aguardado acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, esperada para quinta-feira, enquanto os militares de Israel mataram mais 72 palestinianos.
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O gabinete do primeiro-ministro israelita indicou esta sexta-feira que o governo de Israel deverá aprovar o acordo com o Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns.

"O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi informado pela equipa de negociação de que foram alcançados acordos para libertar os reféns", disse o seu gabinete em comunicado durante as primeiras horas desta sexta-feira.

O gabinete de segurança de Israel vai ainda reunir esta sexta-feira antes de o governo aprovar o acordo.

Entre os 33 reféns que deverão são libertados estão três com nacionalidade portuguesa: Or Levy, Tsahi Idan e Ofer Calderon.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Israel atrasa luz verde a acordo com Hamas, mas EUA estão confiantes

O primeiro-ministro israelita havia adiado para esta sexta-feira a votação do governo sobre o há muito aguardado acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, esperada para quinta-feira, enquanto os militares de Israel mataram mais 72 palestinianos.

Netanyahu mencionou uma divergência de última hora com o Hamas para suspender a aprovação do acordo, enquanto as tensões em crescimento dentro do seu governo colocam dúvidas sobre a efetiva aplicação do acordo, apenas um dia depois de o presidente dos EUA, Joe Biden e o mediador central, o Qatar, terem garantido que estava adquirido.

Isto criou uma realidade dual: os palestinianos cansados da guerra na Faixa de Gaza, os familiares dos reféns israelitas mantidos no enclave e os líderes mundiais saudaram o resultado das conversações diplomáticas, mesmo com Netanyahu a adiar a votação do governo, que tinha sido marcada para quinta-feira, para esta sexta-feira.

Netanyahu acusou o Hamas de renegar partes do acordo, para obter mais concessões - sem especificar quais partes.

Mas o Hamas, através de um dos seus principais dirigentes, Izzat al-Rishq, a garantir que o grupo "está comprometido com o acordo de cessar-fogo que foi anunciado pelos mediadores".

Por esclarecer estão todas as questões relativas ao futuro da Faixa de Gaza, desde logo a sua governação em um eventual período de pós-guerra, mas também o financiamento e controlo da monumental obra de reconstrução.

E quanto ao Hamas, mesmo com a morte dos seus principais dirigentes, coloca-se a perspetiva de uma insurgência prolongada no caso de prolongamento da ofensiva israelita, dada a dimensão do recrutamento, que compensou parte importante das perdas sofridas.

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