A primeira-ministra italiana assinou hoje um acordo de segurança com a Ucrânia e garantiu a continuação do apoio ao direito de defesa dos ucranianos, o que "pressupõe necessariamente também um apoio militar", noticiou a EFE..As declarações de Giorgia Meloni foram feitas durante uma conferência de imprensa, em Kiev, aonde se deslocou para presidir à reunião do G7 (grupo dos sete países mais industrializados), no segundo aniversário do início da invasão russa da Ucrânia..Meloni confirmou a assinatura de um acordo de garantias de segurança com a Ucrânia que "tem uma duração de 10 anos e é o pacto mais completo e importante assinado com um país não pertencente à NATO" (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte)..A governante adiantou que o acordo é semelhante aos que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já celebrou com o Reino Unido, a Alemanha, a França e a Dinamarca, mas não deu pormenores sobre o montante envolvido.."Continuamos a apoiar a Ucrânia naquilo que sempre considerei ser o direito do seu povo a defender-se. Isto pressupõe necessariamente apoio militar, pelo que confundir a palavra paz, tão utilizada, com rendição, como alguns fazem, é uma abordagem hipócrita que nunca partilharemos", sublinhou Meloni..A primeira-ministra italiana participou numa conferência de imprensa conjunta com Zelensky, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que chegaram juntos à capital ucraniana num comboio noturno..Nos acordos de segurança a longo prazo assinados pela Ucrânia com países europeus, estes últimos comprometem-se a prestar assistência militar e de outro tipo à Ucrânia durante a próxima década, para que Kiev possa fazer face à agressão russa.."É necessária uma abordagem de 360º que ajude a Ucrânia a olhar para o futuro. Estou a pensar em cooperação no setor industrial, cooperação económica em infraestruturas críticas e energia, apoio humanitário. Com a assinatura de hoje, reafirmo que a Itália continuará a garantir o apoio necessário à liberdade e independência de uma nação sob ataque, ajudando-a, juntamente com o resto da comunidade internacional, a construir o seu futuro", realçou Meloni..A Itália, acrescentou, "está pronta a desempenhar um papel de liderança no domínio da reconstrução", e fá-lo-á durante a Presidência do G7 e em 2025..A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945)..Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra..O conflito, que entra agora no terceiro ano, provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares..DN/Lusa.A guerra na Ucrânia cumpre hoje dois anos e o secretário-geral do PCP considerou ser "um dia triste" para a paz, mas "um dia bom para a hipocrisia", deixando um apelo às negociações para o fim do conflito..Em declarações à comunicação social numa visita às obras do novo hospital central do Alentejo, em Évora, Paulo Raimundo assegurou que a posição comunista - que tem sido alvo de críticas desde o início da invasão russa em solo ucraniano -- não vai mudar, apesar de denunciar a existência de muita pressão e chantagem sobre o partido.."A paz que interessa a Putin não sei. Agora, a paz que interessa à CDU - e penso que a todos os democratas - é obrigar os intervenientes na guerra a sentarem-se à mesa e a encontrarem a solução política para o conflito. Não há outra alternativa a isso. Qual é a alternativa? Mais guerra? Mais mortos?", questionou, continuando: "A pressão pode ser muita, a chantagem pode ser muita e a hipocrisia pode ser muita; não nos arrastam para posições de guerra"..Sublinhando a "escalada brutal" a nível militar nos últimos dois anos, o líder da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV) destacou que já poderia ter acabado a guerra caso os diferentes intervenientes se tivessem empenhado na paz.."Se todos nos empenhássemos e obrigássemos a que os estados forçassem o sentido da paz, não estou a ver razão para que não tivesse já acontecido a paz", argumentou..Acrescentou também que "todo o caminho que se estabeleça no sentido da paz é melhor do que continuar a destruição, a morte e a corrida ao armamento" que considera existir atualmente a nível internacional e reiterou que os comunistas não abdicam da procura de uma solução pacífica que ponha termo ao conflito.."Os intervenientes na guerra são a Rússia, a Ucrânia, mas também a NATO e a União Europeia. Portanto, estes intervenientes têm de se sentar à mesa e encontrar soluções. É um conflito que não começou há dois anos, mas há 10. Durante esses 10 anos foram encontradas plataformas de negociação, inclusive acordos escritos. É possível encontrar todas as soluções para a guerra e não é possível encontrar um elemento que una para o caminho da paz?", sentenciou..A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945)..Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra..O conflito, que entra agora no terceiro ano, provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares..Os países do G7 comprometeram-se hoje a continuar a ajudar a Ucrânia a defender-se da invasão russa, bem como a aprovar novas sanções contra a Rússia..A posição do G7 - grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo - consta de uma declaração final divulgada após uma reunião por videoconferência, presidida a partir de Kiev pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni..Na declaração conjunta, citada pela agência EFE, os líderes da Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Canadá afirmam que "continuarão a apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa" e reiteraram "o compromisso com a segurança a longo prazo da Ucrânia, nomeadamente através da conclusão e implementação de compromissos e acordos bilaterais de segurança", com base na Declaração Conjunta de Apoio à Ucrânia aprovada em Vilnius em julho passado..DN/Lusa.Os países do G7 comprometeram-se ainda a aumentar "o custo da guerra para a Rússia, degradando as suas fontes de rendimento e impedindo os seus esforços para construir a sua máquina de guerra", e a "aplicar e fazer cumprir na íntegra as sanções contra" o país. Outras medidas poderão ser adotadas, "se necessário"..DN/Lusa.O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje na cimeira do G7 que o seu país conta com a ajuda das potências democráticas para proteger o povo ucraniano e derrotar a Rússia na guerra que cumpre hoje dois anos.."Contamos convosco", disse Zelensky, que reafirmou a sua confiança numa "vitória comum" dos países aliados sobre a Rússia, perante os primeiros-ministros de Itália e do Canadá, Giorgia Meloni e Justin Trudeau, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que hoje visitaram a capital ucraniana por ocasião do segundo aniversário do início da invasão russa na Ucrânia.."É frequente ouvirmos dizer que a história nos observa, e é absolutamente verdade", afirmou o líder ucraniano sobre a importância histórica do momento que o seu país atravessa..Dirigindo-se a todos os líderes do G7 (bloco das sete maiores economias mundiais) - os que não estiveram presentes em Kiev, acompanharam o discurso à distância - o chefe de Estado ucraniano acrescentou que deverão estar conscientes das necessidades da Ucrânia para se proteger dos ataques aéreos, reforçar as suas tropas terrestres, e combater a Rússia também no mar.."Lembrem-se que as ambições imperiais e o revanchismo só terminam com a derrota daqueles que estão infetados com eles, e que só este resultado conduz à verdadeira segurança e ao progresso democrático", considerou o Presidente ucraniano..Meloni, Trudeau e Von der Leyen visitaram hoje Kiev para reafirmar a continuidade da sua ajuda..O G7 integra Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada..DN/Lusa. A Ucrânia reivindicou hoje a responsabilidade pelo ataque com um drone a uma das maiores siderurgias da Rússia, no dia em que se assinalam dois anos da invasão russa ao seu território..As autoridades russas comunicaram um incêndio na siderurgia de Novolipetsk (NLMK), na região ocidental de Lipetsk. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram um incêndio de grandes dimensões..Doze cidades portuguesas assinalam hoje os dois anos da invasão da Ucrânia pela Rússia, decorrendo em Lisboa a inauguração de uma exposição de fotojornalistas sobre crianças ucranianas e uma manifestação entre o Rossio e a Praça do Município..Segundo informações fornecidas à Lusa pela Embaixada da Ucrânia em Portugal, a inauguração da exposição de fotojornalistas portugueses que se deslocaram ao país decorrerá pelas 15:00, no Rossio (Lisboa), seguindo-se uma manifestação até à Praça do Município, com uma bandeira ucraniana com 30 metros, para onde estão previstos discursos..A exposição de fotografias, com 24 painéis, resulta da colaboração entre a Associação de Ucranianos em Portugal e vários fotojornalistas portugueses para denunciar o "terrível sofrimento das crianças, alertando o mundo para a salvaguarda urgente dos valores humanistas e os princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Criança"..A embaixadora ucraniana em Portugal, Maryna Mykhailenko, enviou convites a diplomatas baseados em Portugal para estarem presentes na iniciativa da capital..Além de Lisboa, decorrem ainda iniciativas durante a tarde no Porto (Praça de Gomes Teixeira), Coimbra (Praça da República), Faro (Jardim Manuel Bívar), Santarém (Jardim da Liberdade), Albufeira (Rua do Município), Funchal (Teatro Municipal Baltazar Dias), Águeda (Praça do Município), Viseu (Praça da República) e Portimão (Câmara Municipal). De manhã, estão previstos eventos para Peniche (rua Tenente Valadim) e Lagoa (Rua 25 de Abril)..Para o final da tarde está ainda prevista uma vigília organizada pela Amnistia Internacional Portugal, no Terreiro do Paço, em Lisboa..A par de Portugal, outras cidades a nível internacional vão também assinalar a data e expressar a sua solidariedade para com o povo ucraniano..Londres, Berlim, Varsóvia, Paris ou Belgrado são algumas das cidades que têm ações previstas..A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)..Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra..O conflito -- que entra agora no terceiro ano - provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares..Os serviços de segurança ucranianos (SBU) afirmam que a fábrica produz armas para as forças russas na Ucrânia.."O ataque com drones à siderurgia de Novolipetsk foi efetuado conjuntamente por dois serviços especiais ucranianos: o SBU e o GUR [serviços secretos militares]", afirmou o SBU..A NLMK refere no seu 'site' oficial na internet ser "o maior produtor de aço da Rússia"..Anteriormente, o exército russo afirmou ter intercetado dois drones sobre a região de Lipetsk e outro sobre a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia..O governador da região de Lipetsk, Igor Artamanov, informou na rede Telegram que tinha havido um "incêndio numa oficina da NLMK", assegurando que o fogo tinha sido extinto e apelando à população para "não entrar em pânico"..O rei Carlos III prestou hoje homenagem à "determinação e força do povo ucraniano" numa mensagem para assinalar o segundo aniversário da invasão russa, publicada pelo Palácio de Buckingham, em Londres.."A determinação e a força do povo ucraniano continuam a inspirar, à medida que o ataque não provocado às suas terras, vidas e meios de subsistência entra num trágico terceiro ano", declarou o monarca britânico, congratulando-se com o apoio dado pelo Reino Unido e outros países ocidentais a Kiev..Para o monarca britânico, de 75 anos e que raramente se pronuncia sobre conflitos mundiais, "apesar das enormes dificuldades e dores que lhes são infligidas, os ucranianos continuam a demonstrar o heroísmo com que o mundo os associa tão intimamente"..A propósito dos seus encontros com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com soldados treinados no Reino Unido, Carlos III destacou "a sua verdadeira valentia face a uma agressão indescritível".."O meu coração está com todos os afetados [pelo conflito] e eles estão nos meus pensamentos e orações", disse..Londres anunciou hoje uma ajuda de 245 milhões de libras (287 milhões de euros) para ajudar a Ucrânia a reabastecer-se de munições dois anos depois do início da invasão russa, com o primeiro-ministro britânico a prometer apoio até à vitória.."Neste aniversário, temos de renovar a nossa determinação", afirmou Rishi Sunak, num comunicado divulgado na sexta-feira à noite.."Agora é o momento de mostrar que a tirania nunca triunfará e de dizer mais uma vez que estaremos ao lado da Ucrânia agora e no futuro. Estamos preparados para fazer o que for preciso, durante o tempo que for preciso, até que (a Ucrânia) prevaleça", acrescentou o chefe do Governo britânico..Londres, que é um dos principais apoiantes de Kiev, anunciou recentemente que ia aumentar a sua ajuda militar à Ucrânia para 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros) para 2024/2025..Em meados de janeiro, durante uma visita a Kiev, o Primeiro-Ministro britânico anunciou a assinatura de um acordo de segurança de dez anos entre o Reino Unido e a Ucrânia, saudado como "sem precedentes" pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky..Também na quinta-feira, o Reino Unido anunciou novas sanções contra a Rússia e novas entregas de mísseis aos ucranianos..A ajuda militar anunciada hoje tem como objetivo "revigorar as cadeias de abastecimento para produzir as munições de artilharia de que a Ucrânia necessita urgentemente para aumentar a sua capacidade de resposta", afirmou o ministério da Defesa do Reino Unido em comunicado..O exército ucraniano "repeliu os invasores russos e recuperou metade do território que Putin roubou, ao mesmo tempo que causou danos significativos às capacidades russas, com cerca de 30% da frota russa do Mar Negro destruída ou danificada, e milhares de tanques e veículos blindados reduzidos a destroços", disse o secretário da Defesa britânico, Grant Shapps..O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky homenageou hoje os soldados que tombaram na guerra contra a Rússia, numa cerimónia solene onde estiveram presentes a presidente da Comissão Europeia e os primeiros-ministros da Bélgica, Itália e Canadá..A homenagem decorreu no aeroporto de Gostomel, a poucos quilómetros da cidade de Bucha, local com grande simbolismo, já que foi palco de uma terrível batalha durante os primeiros dias da invasão russa lançada em 24 de fevereiro de 2022..Na altura, as tropas do Kremlin estavam nos arredores de Kiev, e tal como em Bucha, os soldados ucranianos foram alvo de um massacre que incluiu muitos atos russos considerados crimes de guerra.."Venceremos", proclamou o Presidente ucraniano, referindo que os ucranianos estão a lutar por isso há 730 dias..Na cerimónia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a resistência da Ucrânia durante a guerra, e garantiu o apoio da União Europeia "enquanto for necessário"..O Presidente Zelensky "salvou o seu país e deu uma hipótese à resistência ucraniana. Na semana passada, abateu sete caças, levou (os russos) de volta ao Mar Negro e retomou o comércio. Isso parecia impossível há dois anos", disse Von der Leyen.."Lembremo-nos de como [os ucranianos] chegaram tão longe. Confio que a Ucrânia continuará a surpreender-nos a todos. Enquanto for necessário, fornecer-lhes-emos apoio financeiro, munições e continuaremos a treinar soldados e a investir na indústria de defesa europeia", acrescentou a líder da Comissão Europeia..A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni - que deverá assinar um acordo bilateral de segurança com Zelensky --, garantiu acreditar "que a Ucrânia também está a lutar pela liberdade e interesse nacional" dos Estados europeus.."A Ucrânia faz parte da nossa nova casa" e "nós faremos a nossa parte na sua defesa", afirmou Meloni, que, como presidente do G7 (grupo dos sete países mais industrializados), organizou uma videoconferência com os sete líderes dos países para hoje.."Este local é o símbolo do fracasso de Moscovo e do orgulho da Ucrânia, os planos de Putin foram interrompidos aqui. Lembra-nos que há algo mais forte do que mísseis e guerra: amor pela terra e liberdade", acrescentou Meloni.."As tropas russas tentaram tomar rapidamente o aeroporto [de Gostomel] e, com ele, a capital ucraniana", lembrou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.."E hoje estamos aqui porque falharam, como falharam em muitas outras coisas", sublinhou, elogiando a coragem ucraniana e reafirmando o apoio do seu país à Ucrânia..A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945)..A polícia russa deteve hoje várias pessoas, incluindo jornalistas, numa manifestação de mulheres de soldados que exigiam o seu regresso da Ucrânia ao fim de dois anos de conflito, de acordo com agências internacionais e a comunicação social local..De acordo com a agência France-Presse (AFP), as mulheres destes soldados destacados em território ucraniano têm depositado, todos os sábados, flores no túmulo do soldado desconhecido, numa ação simbólica junto ao Kremlin..A AFP diz ter sido alertada, a par de outros órgãos de comunicação social, pela polícia para não assistir a estes encontros, remetendo para detenções noticiadas pelos portais Sota e Sotavision..Os vídeos partilhados por estes portais mostram polícias a deterem várias pessoas, incluindo duas com coletes amarelos com a identificação de imprensa rasurada e que se dirigiam para o encontro semanal deste movimento junto ao túmulo do soldado desconhecido..A Sotavision referiu que dois dos seus repórteres estão entre os detidos..Uma das mulheres dos soldados destacados na Ucrânia disse à Sotavision que conseguiram depositar flores, mas num contexto controlado e acompanhadas de perto por agentes da autoridade.."Hoje em dia, a simples colocação de flores é uma ação cívica que não está isenta de riscos", afirmou a ativista, que não foi identificada..Num outro vídeo, um agente da polícia ordena uma jornalista da Sotavision que desligue a câmara enquanto está a ser detida, sob ameaça de ser alvo de um processo judicial.."Menina, pare de filmar! Repito. Está oficialmente avisada. Se não cumprir as exigências de um agente da polícia, será acusada de desobediência à ordem" de um polícia, ouve-se um agente a dizer..O número dois do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, prometeu hoje que o seu país se vingará contra as sanções ocidentais anunciadas no segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia e pela morte do opositor Alexeï Navalny..“Que eles todos [os ocidentais] sofram para lá. Temos de nos lembrar disso, de nos vingarmos deles sempre que possível. São nossos inimigos”, escreveu o antigo Presidente russo na rede de mensagens Telegram..Medvedev também apelou para a realização de operações secretas nos territórios dos países ocidentais, sendo que a Rússia já é regularmente acusada de operações de espionagem, influência e assassinatos ou tentativas de assassinato, que Moscovo nega sistematicamente..É também necessário “implementar, nos seus territórios, atividades de um certo tipo, das quais não podemos falar publicamente. Na guerra como na guerra”, concluiu..O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu hoje que o apoio à Ucrânia deve ser redobrado em defesa da integridade territorial do país, estando em causa também a arquitetura de segurança da Europa.."Marcam-se hoje dois anos desde o nefasto dia de 24 de fevereiro de 2022, o dia em que as forças armadas russas entraram por todas as fronteiras da Ucrânia depois de em 2014 já terem anexado o território ucraniano da Crimeia. Nesta data temos de redobrar os nossos esforços de apoio à Ucrânia. O que está em causa não é apenas, e como se fosse pouco, a integridade territorial da Ucrânia. Aquilo que está em causa é toda a arquitetura de segurança da Europa", disse João Gomes Cravinho..Numa mensagem em vídeo publicada na conta do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X (antigo Twitter), o ministro sublinhou que uma vitória da Rússia afeta toda a Europa e Portugal não é exceção.."Se Putin tiver sucesso na sua guerra ilegal, na sua guerra de agressão, contra a Ucrânia, será toda a ordem internacional a ser posta em causa, muito em particular a ordem da Europa e isso afeta diretamente Portugal e sobre isso não devemos ter dúvidas", referiu..Considerando que "uma vitória russa semeará as sementes de uma desordem internacional durante décadas", João Gomes Cravinho frisou que "é por isso que Portugal, e tantos outros países pelo mundo fora, apoiam a Ucrânia".."É por isso que nos mantemos firmes nesse apoio. É por isso que pensamos que a Rússia tem de ser responsabilizada diretamente pela reconstrução da Ucrânia e o próprio Putin deve responder pela guerra de agressão que ele escolheu lançar. Continuaremos a apoiar a Ucrânia", terminou..O Presidente da República garantiu hoje que Portugal manterá “pelo tempo que for preciso” o apoio a vários níveis à Ucrânia e condenou a “guerra injusta, ilegal e imoral” provocada pela invasão russa..“Com os nossos parceiros europeus e da Aliança Atlântica, manteremos o apoio inequívoco, político, militar, financeiro e humanitário, pelo tempo que for preciso”, assegurou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem publicada em português e ucraniano no site da Presidência..A Presidência da República adiantou à agência Lusa que hoje, dia em que se assinala o segundo aniversário da invasão pela Rússia, o Palácio de Belém vai estar, desde o pôr do sol, iluminado com as cores da Ucrânia..Na sua mensagem, o chefe de Estado português manifesta, em nome dos portugueses e em seu próprio nome, a “profunda admiração pela coragem, determinação e resiliência exibidos” pelo povo ucraniano, qualidades que, recorda, teve oportunidade de testemunhar quando visitou a Ucrânia no verão passado..“Nesta data, quero ainda prestar homenagem aos muitos milhares de vítimas mortais desta violenta guerra perpetrada pela Rússia”, refere Marcelo Rebelo de Sousa..O Presidente da República salienta ainda que Portugal mantém a sua “condenação absoluta da guerra injusta, ilegal e imoral” que continua a ser levada a cabo pela Rússia, em “violação flagrante” do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas..“Não devemos, também, esquecer-nos dos milhares de crianças ucranianas que foram deportadas involuntariamente para a Rússia, apelando ao regresso em segurança de todos estes menores”, refere a mensagem..Marcelo Rebelo de Sousa assegura também que Portugal mantém o “compromisso inabalável” para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e que as autoridades e os portugueses “continuarão a acolher em Portugal todos aqueles que aqui se quiserem abrigar”..“O lugar da Ucrânia é na União Europeia”, salienta o chefe de Estado, que manifesta a sua satisfação pelas decisões do Conselho Europeu de conceder à Ucrânia o estatuto de candidato à União Europeia e de abrir as negociações de adesão..“Apoiamos também a aspiração da Ucrânia em aderir à NATO, esperando que esse momento possa chegar em breve”, refere o Presidente da República, reiterando, no final do texto, que “até que a plena integridade soberana da Ucrânia seja restabelecida e a ordem internacional restaurada, Portugal continuará a oferecer o seu apoio, sem reservas”..O chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Sirski, apelou hoje à "unidade" de todos os ucranianos para alcançar a "vitória" sobre a Rússia, numa mensagem na rede social Telegram por ocasião do segundo aniversário do início da guerra.."Hoje, mais do que nunca, precisamos de unidade. Estou convencido de que a unidade é a nossa vitória", afirmou Sirski, na mensagem, na qual recorda os primeiros dias da invasão, quando muitos previam uma derrota da Ucrânia em poucos dias..O chefe do Exército, que substituiu o general Valeri Zaluzhni no início do mês, agradeceu a todos os militares, voluntários e civis que tornaram possível à Ucrânia continuar a lutar contra a agressão militar russa e prestou homenagem aos que perderam a vida a combater.."Os melhores filhos e filhas da Ucrânia estão a morrer", afirmou, referindo-se ao "preço supremo pela liberdade" que o país está a pagar..Sirski passou em revista o curso da guerra e reconheceu que a contraofensiva do verão passado não trouxe "os resultados desejados" para a Ucrânia..Apesar disso, continuou, o exército ucraniano continua a lutar ao longo de toda a frente para evitar que cada vez mais cidades ucranianas "se transformem noutra Bucha, noutra Bakhmut ou noutra Avdivka"..O general também aludiu ao sucesso da Ucrânia em limpar as águas do Mar Negro de navios russos, apesar da clara superioridade das forças russas no mar..O general Sirski prevê "uma resposta assimétrica ao ocupante russo também no ar".."Haverá ainda mais aviões russos a arder", escreveu, depois de a Ucrânia ter conseguido destruir o segundo avião espião russo A-50 este ano..O presidente da Assembleia da República afirmou hoje que Portugal continuará a apoiar a Ucrânia, o povo ucraniano e o seu exército, em nome da liberdade e independência e pela contínua defesa dos povos e valores europeus..Numa mensagem publicada por Augusto Santos Silva na sua conta na rede social X (antigo Twitter), o presidente da Assembleia da República assinala hoje os dois anos de invasão da Ucrânia pela Rússia.."Reafirmo o apoio de Portugal à luta da Ucrânia pela sua Liberdade e Independência e pela contínua defesa dos povos e valores europeus", lê-se na publicação..Em vídeo, Augusto Santos Silva refere que "desde a primeira hora Portugal está a favor da Ucrânia, condenando uma violação grosseira do direito internacional e da arquitetura de segurança europeia cometida pelo regime de Vladimir Putin"..Santos Silva vinca que "Portugal tem apoiado a Ucrânia no plano humanitário, no plano financeiro e económico, no plano militar e também no processo da sua adesão à União Europeia e assim continuará".."Apoiamos a luta do povo ucraniano e do seu exército em favor da sua liberdade, da sua independência e da sua integridade territorial. A Ucrânia luta pela sua independência e luta também pela liberdade de todos nós, os europeus", concluiu..O vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis apelou hoje à entrega urgente por parte dos Estados-membros de munições à Ucrânia e a investimentos nacionais em capacidades de defesa na União Europeia (UE).."Trata-se de uma agressão brutal contra a Ucrânia, por isso, é obviamente muito importante que, do lado da UE, continuemos a fazer tudo o que for necessário para ajudar a Ucrânia a defender-se e a vencer esta guerra e, obviamente, uma das coisas mais urgentes é trabalhar no fornecimento de munições neste momento", declarou o responsável, no dia em que se assinalam dois anos da guerra em território ucraniano causada pela invasão russa..Nas declarações prestadas à chegada ao segundo e último dia da reunião informal dos ministros das Finanças da UE, na cidade belga de Gante pela presidência rotativa do Conselho assumida pela Bélgica, Valdis Dombrovskis disse ser "evidente que a UE terá de prestar muito mais atenção às suas capacidades de defesa e às capacidades da sua indústria de defesa".."Precisamos de trabalhar em conjunto para o desenvolver e, obviamente, isto também significa mais despesas ao nível dos Estados-membros, porque sabemos que muitos dos Estados-membros da UE ainda não estão a cumprir o objetivo da NATO para as despesas de defesa de 2% do PIB", assinalou o responsável..Questionado sobre uma eventual emissão de dívida conjunta na UE para a área da Defesa, à semelhança do que foi feito para a recuperação pós-crise da covid-19, Valdis Dombrovskis indicou que, "sobre os instrumentos exatos, é evidente que temos de fazer mais, tanto ao nível nacional como da UE".."Vamos trabalhar nesse sentido", concluiu..O primeiro-ministro português afirmou hoje que Portugal estará ao lado da "resistência heroica" do povo e das forças armadas ucranianas pelo tempo que for necessário, até que seja alcançada uma paz justa e duradoura..Esta posição foi transmitida por António Costa em mensagens publicadas hoje na sua conta na rede social X (antigo Twiiter).."Há dois anos começou a guerra na Ucrânia - uma guerra trágica, injustificada, ilegal e da exclusiva responsabilidade da Rússia. Dois anos de resistência heroica do povo e das forças armadas ucranianas, de luta pela sua liberdade, soberania e integridade territorial", escreveu o primeiro-ministro..Nesta suas mensagens, divulgadas em português e inglês, António Costa salienta que "Portugal está firmemente do lado da Ucrânia, desde o primeiro momento".."Assim continuaremos, pelo tempo que for necessário, até que a Ucrânia possa viver numa paz justa e duradoura", acrescentou..O primeiro-ministro participa na segunda-feira, em Paris, na reunião de alto nível para apoio à Ucrânia e que foi convocada pelo Presidente de França, numa altura em que se assinalam dois anos do início da invasão russa..O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exortou hoje a Ucrânia e os seus aliados a "não perderem a esperança", no segundo aniversário da invasão do país pela Rússia.."A situação no campo de batalha continua extremamente difícil. O objetivo do Presidente (russo Vladimir) Putin de dominar a Ucrânia não mudou e não há qualquer indicação de que esteja a preparar-se para a paz", afirmou Stoltenberg numa mensagem gravada.."Mas não devemos perder a esperança. A Ucrânia demonstrou repetidamente as suas capacidades notáveis e a sua determinação feroz", insistiu no vídeo, que foi publicado no sítio Web da NATO..O segundo aniversário do conflito ocorre numa altura em que as tropas ucranianas, mal equipadas, lutam para manter a linha da frente e persiste a incerteza quanto ao apoio dos Estados Unidos, cujo novo pacote de ajuda foi bloqueado no Congresso..Jens Stoltenberg recordou as recentes promessas de ajuda militar dos países da NATO, "no valor de vários milhares de milhões de dólares".."Isto abrange capacidades decisivas, como munições de artilharia, defesa aérea e navios de combate, bem como equipamento e peças sobressalentes para os (aviões de combate) F-16, drones e equipamento de desminagem. Mais apoios estão a caminho", detalhou.."Moscovo lançou esta guerra com o objetivo de fechar a porta da NATO à Ucrânia, negando-lhe o direito de escolher o seu próprio caminho, mas está a acontecer exatamente o contrário. A Ucrânia está mais próxima do que nunca da NATO", afirmou Jens Stoltenberg..Para o secretário-geral da aliança atlântica, a Ucrânia irá aderir à NATO. "A questão não é 'se', mas 'quando'. Enquanto nos preparamos para esse dia futuro, a NATO continuará a estar ao vosso lado, para a segurança da Ucrânia e a nossa", afirmou..O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, inspecionou as tropas que participaram recentemente na conquista do reduto ucraniano de Avdivka, informou hoje o ministério da Defesa da Rússia..Durante a visita, Shoigu foi informado pelo coronel-general Andrei Mordvichev, comandante do agrupamento de tropas "Centro", sobre a situação atual na linha da frente no leste da Ucrânia, que a Rússia invadiu há dois anos..Mordvichev disse ao ministro russo que "durante a operação de libertação de Avdivka, o inimigo foi expulso das suas posições para mais de 10 quilómetros de distância" e que as forças russas estavam a prosseguir a sua ofensiva nessa direção..Após a captura de Avdivka, acrescentou, "cerca de 200" soldados ucranianos foram capturados em operações de "limpeza" da cidade..As forças russas esperam capturar mais uma centena de soldados, que se diz estarem ainda na cidade, disse o comandante militar..Durante a sua estadia no posto de comando da unidade "Centro", Shoigu também participou na condecoração de militares..A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou hoje a "extraordinária resistência do povo ucraniano", após a sua chegada a Kiev, dois anos depois do início da invasão russa da Ucrânia.."Em Kiev, para marcar o aniversário do segundo ano da guerra da Rússia contra a Ucrânia. E para celebrar a extraordinária resistência do povo ucraniano", disse Von der Leyen nas redes sociais.."Mais do que nunca, apoiamos firmemente a Ucrânia. Financeiramente, economicamente, militarmente e moralmente. Até que o país seja finalmente livre", garantiu a líder europeia..Aos jornalistas, Von der Leyen destacou que a UE aprovou em 01 de Fevereiro um apoio de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.."Também é muito importante expressar o nosso apoio moral" ao país, acrescentou..A viagem é "uma oportunidade para discutir todos os aspetos do nosso apoio europeu à Ucrânia", acrescentou Von der Leyen, que deverá reunir-se com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky..Na sétima viagem à capital da Ucrânia desde o início da guerra, Von der Leyen foi acompanhada pelo primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, país que preside atualmente ao Conselho da UE..A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também viajaram para Kiev no mesmo comboio noturno.."A situação no campo de batalha não é boa, mas isso não significa que devamos desistir", afirmou De Croo na véspera, na cidade polaca de Varsóvia..O chefe do Governo belga considerou "essencial" que o apoio militar dos países da UE "continue a ser elevado"..Volodymyr Zelensky pediu na sexta-feira aos aliados ocidentais que entreguem rapidamente novos sistemas de defesa aérea e aviões de caça e disse que os atrasos nas entregas de armas contribuíram para o fracasso da contraofensiva de Kiev no verão de 2023..Também na sexta-feira, a UE chegou a acordo sobre o 13.º pacote de sanções contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia, que impõe restrições a mais 106 pessoas e 88 organizações, particularmente da área da defesa..Na quarta-feira, Von der Leyen disse que a Comissão Europeia vai apresentar, "no início do verão" e mais tarde do que esperado, uma proposta sobre o quadro de negociações para adesão da Ucrânia à UE, o que só deverá acontecer depois das eleições europeias..Em meados de dezembro passado, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova, com o presidente da instituição, Charles Michel, a falar num "sinal claro de esperança" para estes países..A Ucrânia e a Moldova têm estatuto de países candidatos à UE desde meados de 2022.