As autoridades na Jamaica avaliam o resultado da passagem do Melissa.
As autoridades na Jamaica avaliam o resultado da passagem do Melissa.Rudolph Brown/EPA

Furacão Melissa baixa para categoria 3 perto de Cuba com ventos de 205 km por hora

As autoridades cubanas disseram que cerca de 500 mil pessoas receberam ordens para se deslocarem para zonas mais altas.
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O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) prevê que o furacão Melissa atinja em breve a costa sul de Cuba como um furacão de categoria 3 e de natureza "extremamente perigosa", com ventos de 205 quilómetros horários.

A tempestade tem oscilado entre as categorias 3,4 5, as mais altas na escala Saffir-Simpson, nos últimos dias.

No que diz respeito à trajetória, o Melissa desloca-se sobre o leste de Cuba até à manhã desta quarta-feira, 29 de outubro, para continuar a passar pelo sudeste ou centro das Bahamas no final do dia.

As autoridades cubanas disseram que cerca de 500 mil pessoas receberam ordens para se deslocarem para zonas mais altas.

As Bermudas deverão ser atingidas na quinta-feira à noite, de acordo com o último relatório do NHC, que refere ainda que o centro do furacão se desloca a 16 quilómetros por hora.

Na Baía de Guantanamo, em Cuba, foram recentemente registados ventos sustentados de 61 quilómetros por hora (km/h) e uma rajada de 111 km/h.

Está em vigor um aviso de furacão para as províncias cubanas de Granma, Santiago de Cuba, Guantanamo, Holguin e Las Tunas, tendo os residentes sido aconselhados a procurar imediatamente um abrigo seguro.

Também estão em alerta o sudeste e o centro das Bahamas e as Bermudas, onde foi pedido à população que se organizasse com urgência para proteger vida e bens.

Enquanto estes países se preparam para a tempestade, as autoridades na Jamaica avaliam o resultado da passagem do Melissa, que obrigou cerca de seis mil pessoas a procurarem abrigo. O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, declarou o país "zona de catástrofe".

Danos extensos foram relatados em partes de Clarendon, no sul da Jamaica, e na paróquia de St. Elizabeth, no sudoeste, que "ficou submersa", disse o vice-presidente do Conselho de Gestão de Risco de Desastre da Jamaica, Desmond McKenzie.

A tempestade também danificou quatro hospitais e deixou um deles sem eletricidade, forçando as autoridades a retirarem 75 pacientes, notou McKenzie.

Mais de meio milhão de clientes estavam sem energia no final da terça-feira, enquanto as autoridades relatavam que a maior parte da ilha sofreu com queda de árvores e cortes de energia, além de extensas inundações.

O Governo disse que espera reabrir todos os aeroportos da Jamaica já na quinta-feira para garantir a rápida distribuição de suprimentos de emergência.

A tempestade já causou pelo menos sete mortes nas Caraíbas, incluindo três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana. Uma pessoa continua desaparecida.

As autoridades na Jamaica avaliam o resultado da passagem do Melissa.
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