FBI alerta: apoiantes de Trump preparam protestos armados antes da posse de Biden
Grupos armados de apoiantes de Trump estão a convocar protestos para as capitais dos 50 estados, bem como para Washington, nos próximos dias.
Responsáveis pela segurança dos EUA alertaram para a possibilidade de protestos armados em várias regiões do país nos dias que faltam para a posse do novo presidente, Joe Biden, a 20 de janeiro.
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Grupos armados estarão a planear juntar-se juntos ao Capitólio das capitais dos 50 estados, bem como em Washington DC, a capital federal, antes da posse.
Tendo em conta estes relatos, as forças de segurança estão a reforçar os seus meios para a cerimónia que terá lugar duas semanas de uma multidão de apoiantes do presidente cessante Donald Trump ter invadido o Capitólio em Washington, num assalto que resultou em cinco mortos.
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Posts publicados nas redes sociais de grupos de extrema-direita e pró-Trump convocam protestos armados para várias datas, concentrando-se sobretudo no dia 17 em várias cidades do país e numa marcha em Washington no próprio dia da tomada de posse de Biden.
Um documento do FBI citado pela ABC News alerta para facto de um desses grupos estar a apelar ao assalto dos tribunais estatais, locais e federais do país caso Trump seja afastado do cargo antes do final do mandato ou no dia da posse, caso isso não aconteça.
Entretanto, os líderes democratas na Câmara dos Representantes já anunciaram para esta quarta-feira um voto para dar início ao processo de impeachment do presidente. Acusam Trump de "incitar à rebelião" e garante que a votação vai mesmo acontecer, a não ser que o vice-presidente, Mike Pence, invoque a 25.ª emenda para retirar imediatamente Trump do poder. Um cenário que parece pouco provável.
Biden e a vice-presidente, Kamala Harris, vão tomar posse no dia 20 numa cerimónia no Capitólio, na qual Trump já disse que não irá participar.
A equipa de Biden já apelara aos americanos para não se deslocarem para Washington, devido à pandemia de covid-19, um apelo que reforçaram depois da violência da semana que passou.
Desde o assalto ao Capitólio, multiplicaram-se os apelos ao afastamento de Trump - de democratas mas também de alguns republicanos. Em dezembro de 2019, o milionário já fora alvo de um processo de impeachment - tornando-se no terceiro presidente dos EUA a enfrentar um, depois de Andrew Johnson, ainda no século XIX, e de Bill Clinton. Tal como estes, também Trump acabou por ser ilibado pelo Senado, na altura sob controlo dos republicanos.