Diretor da CIA garante que instalações militares do Irão foram "severamente danificadas"

Donald Trump confirmou que estão previstas conversações entre os Estados Unidos e o Irão durante a próxima semana.
John Ratcliffe, diretor da CIA.
John Ratcliffe, diretor da CIA.

Chefe da CIA garante que as instalações nucleares foram "severamente danificadas"

John Ratcliffe, diretor da CIA, garantiu hoje que tem na sua posse um "conjunto de informações confiáveis" que indicam que o programa nuclear do Irão foi "severamente danificado" pelos recentes ataques dos Estados Unidos.

Ratcliffe mostra mesmo o comunicado na rede social X com as "novas informações" sobre o ataque que têm origem numa "fonte/método historicamente preciso e confiável" que indicam que "várias instalações nucleares iranianas importantes foram destruídas e teriam de ser reconstruídas durante vários anos" para que possam voltar a poder trabalhar normalmente.

Trump desmente relatório que diz que programa nuclear do Irão não foi afetado por ataques dos EUA

O Presidente norte-americano acusou a CNN e o New York Times de tentarem desvirtuar o bombardeamento a instalações nucleares iranianas, ao divulgarem um relatório que afirma que o programa nuclear do país foi atrasado em apenas alguns meses.

Uma análise preliminar dos serviços secretos dos Estados Unidos, divulgada pelos dois meios de comunicação social, aponta que o programa nuclear iraniano apenas sofreu um atraso de alguns meses, após a ofensiva, no fim de semana, contra as instalações de Isfahan, Natanz e Fordo.

"Notícias falsas da CNN, juntamente com o falhado New York Times, uniram-se para tentar desvalorizar um dos ataques militares mais bem sucedidos da história - as instalações nucleares do Irão foram completamente destruídas", afirmou na terça-feira Donald Trump, numa mensagem publicada na rede social que detém, a Truth Social.

De acordo com o líder republicano, que se encontra em Haia para a cimeira da NATO, tanto a emissora como o jornal estão a ser criticados pelo público.

O documento dos serviços secretos acrescenta que os bombardeamentos dos EUA destruíram apenas uma pequena parte do material nuclear, já que a maior parte das reservas de urânio enriquecido do Irão foi deslocada antes da ofensiva.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, e o enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, tinham-se pronunciado no início do dia para desmentir esta análise.

"Qualquer pessoa que diga que as bombas não foram devastadoras está apenas a tentar minar o Presidente e o sucesso da missão", declarou Hegseth, enquanto Witkoff classificou a fuga de informação de traição e apelou a uma investigação para responsabilizar o autor desta fuga.

John Ratcliffe, diretor da CIA.
Novo relatório dos EUA sugere que ataques ao Irão não destruíram instalações nucleares

Parlamento do Irão aprova suspensão da cooperação com a AIEA

O Parlamento iraniano votou esta quarta-feira, 25 de junho, a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica na sequência de 12 dias de guerra marcados por ataques israelitas e norte-americanos contra instalações nucleares do Irão.

O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, disse que a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) recusou-se a condenar o ataque contra as instalações nucleares iranianas, comprometendo a credibilidade internacional do organismo das Nações Unidas.

As declarações de Ghalibaf ocorreram após os deputados terem votado a favor da suspensão da cooperação com AIEA.

"A Organização Iraniana de Energia Atómica vai suspender a cooperação com a AIEA enquanto a segurança das instalações nucleares não for garantida", acrescentou o Presidente do Parlamento de Teerão.

Lusa

Teerão executa três homens que identifica como agentes da Mossad

As autoridades do Irão executaram três homens que acusam de ter sido agentes da Mossad, os serviços secretos de Israel, noticiou o canal de língua inglesa Press TV.

A execução teve lugar na cidade de Urmia, no noroeste do Irão e, de acordo com a emissora, os homens "estavam a contrabandear material para assassinar pessoas no país".

Desde que Israel começou a atacar o Irão, na madrugada de 13 de junho, o Irão já executou várias pessoas que acusou serem agentes da Mossad, escreveu a agência de notícias Efe.

Lusa

Israel diz que é cedo para avaliar danos dos ataques ao Irão

O Exército israelita disse esta quarta-feira, 25 de junho, que ainda é cedo para avaliar os danos causados ao programa nuclear iraniano, um dia depois de um cessar-fogo que pôs fim a 12 dias de guerra entre Israel e o Irão.

O porta-voz do Exército israelita, Effie Defrin, frisou, em conferência de imprensa, que ainda não pode ser efetuado um balanço final sobre os danos provocados pelos bombardeamentos dos últimos dias.

Mesmo assim, Drefrin avançou que os ataques contra as instalações iranianas vão afetar "durante vários anos" o programa nuclear do Irão

Pelo contrário, a agência de notícias France Presse - que cita documentos norte-americanos -, avança que Washington referiu que os danos "atrasaram" o programa nuclear iraniano em apenas "alguns meses".

Lusa

Trump diz que o programa nuclear iraniano está atrasado  em décadas

Donald Trump reforçou esta quarta-feira em Haia, onde está para a Cimeira da NATO, que os ataques dos EUA ao Irão "encerraram a guerra" entre o Irão e Israel e que o programa nuclear de Teerão está atrasado em décadas.

Em resposta às perguntas sobre a divulgação de um relatório interno por parte da CNN e ao New York Times, o presidente norte-americano disse acreditar que os ataques levaram à "obliteração total" e que o relatório "não sabe realmente" o impacto da ofensiva nas instalações nucleares iranianas.

"As informações foram muito inconclusivas. As informações dizem que não sabemos. Podia ter sido muito grave. É o que as informações sugerem", disse Trump aos jornalistas. "Foi muito grave. Houve obliteração", acrescentou.

Já antes, na rede social Social Truth, Trump tinha classificado as informações avançadas pela comunicação social sobre esse relatório como "fake news".

O líder da Casa Branca garantiu ainda que os Estados Unidos voltariam a atacar se o Irão reconstruísse o seu programa de enriquecimento nuclear.

Telavive declara banco central iraniano como organização terrorista

Israel classificou oficialmente o banco central do Irão como uma organização terrorista, anunciou hoje o ministro da Defesa israelita, Israel Katz.

Um dia após o cessar-fogo entre o Irão e Israel, o gabinete de Katz afirmou que o ministro tinha registado o banco central iraniano, juntamente com outros bancos do país, como organização terrorista.

Em comunicado, o gabinete do ministro da Defesa referiu ainda que esta medida sobre o banco central do Irão faz parte de uma campanha mais vasta de Israel contra o regime de Teerão.

Segundo o ministro, o Banco Central do Irão funciona como uma via que canaliza milhares de milhões de dólares para o terrorismo.

Katz indicou que o regime de Teerão financia através da Guarda Revolucionária Iraniana - a força militar de elite -, grupos como o Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano, as forças huthis no Iémen, as milícias xiitas no Iraque, o Hamas e fações armadas na Cisjordânia.

"Nenhum elemento do regime que lida com o terrorismo tem imunidade", afirmou Katz.

Estão previstas conversações entre EUA e Irão na próxima semana, diz Trump

O presidente norte-americano disse esta quarta-feira, 25 de janeiro, que estão previstas conversações entre os EUA e o Irão na "próxima semana".

"Podemos assinar um acordo, não sei", disse Donald Trump, durante a conferência de imprensa da Cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos.

Aos jornalistas, Trump disse, no entanto, que não está interessado em obter um acordo com Teerão, depois dos ataques norte-americanos ao Irão. "Para mim, não acho que seja assim tão necessário. Quero dizer, eles tiveram uma guerra. Lutaram. Agora estão a regressar ao seu mundo. Não me interessa se tenho um acordo ou não", afirmou.

Central nuclear de Fordo ficou "inoperacional" após ataques dos EUA, diz Comissão de Energia Atómica de Israel

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, partilhou esta quarta-feira a avaliação da Comissão de Energia Atómica de Israel sobre os ataques dos EUA às instalações nucleares do Irão. É referido que o "devastador ataque" a Fordo "destruiu as infraestruturas críticas do local e tornou a instalação de enriquecimento inoperacional".

De acordo com a avaliação, os ataques dos EUA às instalações nucleares do Irão, "combinados com os ataques israelitas a outros elementos do programa nuclear militar do Irão, atrasaram em muitos anos a capacidade do Irão para desenvolver armas nucleares".

Irão confirma a morte do comandante Ali Shadmani

O Irão confirmou esta quarta-feira (25 de junho) a morte de Ali Shadmani, chefe do quartel-general do comando de emergência do Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica.

A 17 de junho, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), informaram que tinham "eliminado" Shadmani, que identificaram como sendo o “comandante militar mais graduado do Irão”.

O exército israelita explicou, na altura, que, numa "oportunidade súbita durante a noite, a (força aérea israelita) atingiu um centro de comando no coração de Teerão e eliminou Ali Shadmani, o chefe do Estado-Maior em tempo de guerra, o comandante militar mais graduado e a figura mais próxima do líder supremo iraniano Ali Khamenei”.

Agora foi confirmada a morte pela Guarda Revolucionária do Irão, em comunicado citado pela agência noticiosa iraniana IRNA, no qual é referido que Shadmani morreu na sequência de ferimentos causados pelos ataques israelitas.

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