Novo relatório dos EUA sugere que ataques ao Irão não destruíram instalações nucleares

Com o cessar-fogo em curso, Netanyahu enalteceu a vitória de Israel que diz ter atingido o regime iraniano com o "o golpe mais duro". Chefe da NATO felicitou Trump pela operação dos EUA no Irão.
Ataque iraniano atingiu a cidade de Beersheva, no sul de Israel. Pelo menos quatro pessoas morreram
Ataque iraniano atingiu a cidade de Beersheva, no sul de Israel. Pelo menos quatro pessoas morreramEPA/ATEF SAFADI

Novo relatório dos EUA sugere que ataques ao Irão não destruíram instalações nucleares

Apesar de Donald Trump ter afirmado que os ataques dos Estados Unidos "destruíram totalmente" instalações militares no Irão no fim de semana, um novo relatório sugere que poderá não ter sido assim.

A CNN avança que as primeiras avaliações dos EUA indicam que os ataques a três instalações nucleares do Irão não destruíram os principais componentes do programa nuclear do país e que provavelmente só o atrasaram em meses.

A secretária de imprensa da Casa branca, Karoline Leavitt, refutou a notícia. "Essa alegada avaliação está completamente errada", afirmou, acrescentando que a informação "foi divulgada à CNN por um perdedor anónimo e de baixo escalão na comunidade de serviços secretos".

Trump diz que cessar-fogo está "agora em vigor" e pede que "não o violem". Israel e Irão aceitam tréguas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esta terça-feira, 24 de junho, que o cessar-fogo entre o Irão e Israel está "agora em vigor", instando ambos os países a respeitá-lo.

"O CESSAR-FOGO ESTÁ AGORA EM VIGOR. POR FAVOR, NÃO O VIOLEM!", escreveu em maiúsculas, como é frequente, o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma, Truth Social.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, fez saber que aceitou o acordo de cessar-fogo proposto pelos EUA, dando conta que Israel "alcançou todos os objetivos da operação Rising Lion".

"O Estado de Israel alcançou grandes feitos históricos e colocou-se no primeiro lugar das grandes potências mundiais", lê-se no comunicado do gabinete de Netanyahu.

O governo israelita afirmou que foram eliminadas a ameaça nuclear e a de mísseis balísticos do Irão, mas avisou que irá responder com força a qualquer violação do cessar-fogo.

Do lado de Teerão, a televisão estatal iraniana anunciou um acordo de tréguas entre os dois países, referindo que o cessar-fogo foi "imposto ao inimigo" devido ao sucesso da retaliação iraniana, segundo noticia o The New York Times.

Antes da entrada em vigor do cessar-fogo, os dois países trocaram bombardeamentos durante a noite, com o exército israelita a reivindicar a morte de um cientista do programa nuclear iraniano. Já do lado de Teerão, um ataque atingiu Beersheva. Pelo menos quatro pessoas morreram nesta cidade israelita.

Ataque iraniano atingiu a cidade de Beersheva, no sul de Israel. Pelo menos quatro pessoas morreram
Donald Trump anuncia "cessar-fogo completo e total" entre Israel e o Irão. "Parabéns aos dois países"

Trump terá estabelecido contacto direto com Netanyahu para garantir cessar-fogo

Segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, um alto funcionário da Presidência dos Estados Unidos, que insistiu no anonimato, Donald Trump estabeleceu contacto direto com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para garantir o cessar-fogo.

A Administração norte-americana tem afirmado que o bombardeamento de sábado contra as instalações nucleares do Irão ajudou a levar o Governo de Israel a concordar com o cessar-fogo e que o Qatar ajudou a mediar o acordo.

Até ao momento, não é claro qual o papel desempenhado pelo ayatollah Ali Khamenei, líder do Irão, nas conversações.

O líder iraniano afirmou anteriormente nas redes sociais que não se renderia.

 O anúncio do acordo por parte de Donald Trump ocorreu depois de Teerão ter lançado, na segunda-feira à noite, um ataque com mísseis contra uma base militar norte-americana no Qatar além de ter atingido territórios no sul de Israel, tendo provocado mortos e feridos.

Na mesma altura, Israel lançou ataques aéreos contra vários pontos do Irão antes do amanhecer.

Trump tinha dito anteriormente, através das redes sociais, que as tréguas seriam introduzidas gradualmente ao longo de um período de 24 horas, com o Irão a suspender inicialmente todas as operações antes de Israel fazer o mesmo 12 horas depois.

“PARABÉNS A TODOS! Foi plenamente acordado entre Israel e o Irão que haverá um CESSAR-FOGO completo e total (daqui a aproximadamente seis horas, quando Israel e o Irão tiverem acalmado e concluído as suas missões finais em curso!), durante 12 horas, altura em que a guerra será considerada TERMINADA!”, afirmou Trump, na rede social Truth.

Oficialmente, adiantou, o Irão “iniciará o CESSAR-FOGO e, à 12.ª hora, Israel iniciará o CESSAR-FOGO"; à "24.ª hora, o FIM Oficial da GUERRA DE 12 DIAS será saudado pelo mundo”.

“Israel & Irão contactaram-me, quase em simultâneo, e disseram, ‘PAZ’. Soube que a altura era ‘AGORA’. O Mundo e o Médio Oriente são os verdadeiros VENCEDORES! Ambas as nações irão ver um tremendo AMOR, PAZ E PROSPERIDADE nos seus futuros. Têm tanto a ganhar, e ainda assim, tanto a perder se se afastarem do caminho da RETIDÃO & VERDADE. O futuro para Israel & Irão é ILIMITADO & cheio de grandes promessas. DEUS VOS ABENÇOE A AMBOS!”, escreveu logo a seguir Donald Trump, depois de anunciar o cessar-fogo.

O exército israelita baixou esta manhã o nível de alerta em todo o país, depois de o Irão ter disparado vários mísseis durante a madrugada, matando quatro pessoas, segundo informação oficial.

A população israelita foi autorizada a abandonar os abrigos.

"Depois de avaliar a situação, o Comando da Frente Interna anunciou que a exigência de permanecer perto [de abrigos] em todo o país foi levantada", escreveu o exército, quase ao mesmo tempo que Donald Trump anunciou o cessar-fogo entre Israel e o Irão.

Em Israel, pelo menos 24 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas na guerra.

Os ataques israelitas contra o Irão mataram pelo menos 974 pessoas e feriram outras 3.458, de acordo com o grupo Human Rights Activists, com sede em Washington.

Lusa

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Irão retalia com ataque “simbólico” a base militar dos EUA e Trump diz que é tempo para a paz

Ministro da Defesa israelita ordena resposta a violação de cessar-fogo

Após a entrada em vigor do cessar-fogo, as sirenes de alerta de ataque aéreo soaram no norte de Israel. De acordo com o The Times of Israel, o ministro da Defesa israelita já ordenou às Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) para “responderem energicamente à violação do cessar-fogo por parte do Irão com ataques intensos contra alvos do regime no coração de Teerão”.

Jornal israelita informou que dois mísseis balísticos foram disparados do Irão contra Israel e que ambos foram interceptados.

Anteriormente, as forças de Israel anunciaram ter identificado mísseis lançados do Irão para o espaço aéreo israelita, menos de três horas após a entrada em vigor do cessar-fogo proposto pelos EUA.

Irão rejeita ter violado cessar-fogo

O Irão nega que tenha violado o acordo de cessar-fogo proposto pelos EUA, segundo a Reuters, que cita os media iranianos. A reação de Teerão surge depois de Israel ter anunciado que mísseis balísticos tinham sido disparados a partir de território iraniano.

Israel Katz, ministro da Defesa israelita, fez saber que ordenou às IDF uma resposta forte à alegada violação de tréguas.

Diretor da AIEA propõe reunião com MNE iraniano sobre programa nuclear 

O responsável máximo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) propôs ao ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, uma reunião com vista a discutir uma solução diplomática para o programa nuclear iraniano.

Para Rafael Mariano Grossi, a cooperação com a agência da ONU "é fundamental para um acordo [ de cessar-fogo] bem-sucedido".

"Escrevi a Abbas Araghchi sublinhando que este passo pode conduzir a uma solução diplomática para a controvérsia de longa data sobre o programa nuclear do Irão e propus uma reunião em breve", declarou Grossi numa mensagem divulgada nas redes sociais.

Qatar convoca embaixador iraniano após ataque a base militar dos EUA

Numa carta endereçada a António Guterres, secretário-geral da ONU, Qatar condenou esta terça-feira, 24 de junho, o ataque iraniano à base militar dos EUA em Al-Udeid, realizado na passada segunda-feira. O ataque com mísseis da Guarda Revolucionária do Irão representou "uma ameaça direta à paz e segurança regionais", afirmou, em comunicado, a diplomacia do Qatar, dando conta que convocou o embaixador iraniano.

Tratou-se de uma "escalada extremamente perigosa que representa uma violação flagrante" da "soberania e integridade territorial", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, citado pela BBC.

"O Estado do Qatar sublinhou que se reserva o direito de responder diretamente de forma equivalente à natureza e à escala desta agressão flagrante e em conformidade com a Carta e o direito internacional", refere ainda o comunicado.

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Von der Leyen saúda anúncio sobre cessar-fogo. Apela ao Irão “que se empenhe seriamente"

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou esta terça-feira, 24 de junho, o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre um cessar-fogo nas hostilidades entre Israel e o Irão, e pediu que Teerão “se empenhe num processo diplomático credível”.

“A Europa congratula-se com o anúncio de um cessar-fogo pelo presidente Trump. Trata-se de um passo importante para restaurar a estabilidade numa região em tensão e esta deve ser a nossa prioridade coletiva”, escreveu a líder do executivo comunitário, numa publicação na rede social X.

“Apelamos ao Irão para que se empenhe seriamente num processo diplomático credível porque a mesa de negociações continua a ser a única via viável para avançar”, adiantou Ursula von der Leyen.

Lusa

ONU diz que ataque israelita à prisão de Evin é "uma grave violação do direito internacional humanitário"

O ataque israelita que atingiu a prisão de Evin na segunda-feira constituiu "uma grave violação do direito internacional humanitário", afirmou esta terça-feira, 24 de junho, um porta-voz da ONU para os direitos humanos.

Sem nunca se referir a Israel, Thameen Al-Kheetan, citado pela Reuters, afirmou que "a prisão de Evin não é um objetivo militar".

Neste estabelecimento prisional estão opositores ao regime de Teerão, assim como cidadãos estrangeiros.

Porta-voz do poder judicial iraniano, Asghar Jahangir, reportou vítimas mortais e feridos, assim como danos no edifício devido ao ataque israelita.

"Na sequência dos danos, alguns funcionários administrativos e judiciais (...) bem como reclusos e membros das suas famílias ficaram feridos. Também houve mártires, mas o número ainda não está definido", afirmou Jahangir, ainda segundo a Reuters.

Trump acusa Israel e Irão de violarem cessar-fogo. "Não estou contente"

O presidente dos EUA, Donald Trump, acusou esta terça-feira, 24 de junho, Israel e Irão de violarem o acordo de cessar-fogo, horas depois de o ter anunciado.

"Não estou contente", disse Trump, antes de viajar dos EUA até aos Países Baixos, mais concretamente até Haia, onde irá participar na cimeira da NATO. "Não tenho a certeza de que o tenham feito intencionalmente", afirmou, referindo-se às acusações de violação do acordo de cessar-fogo entre os dois países.

"Temos de fazer com que Israel se acalme porque eles foram numa missão esta manhã", disse o presidente norte-americano aos jornalistas, dando conta que, depois de se ter alcançado um acordo, Israel "lançou uma carga de bombas". "Nunca tinha visto nada assim", admitiu.

O presidente norte-americano referiu ainda que os "dois países lutam há tanto tempo e com tanta força que não sabem o que estão a fazer".

Trump reforçou o seu descontentamento com as autoridades israelitas com uma mensagem publicada na sua rede social Truth Social.

Em maiúsculas, o presidente norte-americano avisou Telavive: "Não lancem essas bombas. Se o fizerem, é uma violação grave. Tragam os vossos pilotos para casa, já".

Presidente dos EUA garante que cessar-fogo "está em vigor". "Israel não vai atacar o Irão" 

Numa nova mensagem divulgada na sua rede social, o presidente dos EUA garante que o cessar-fogo "está em vigor" e que "Israel não vai atacar o Irão".

"Todos os aviões darão meia volta e regressarão a casa. Ninguém se vai magoar, o cessar-fogo está em vigor! Obrigado pela vossa atenção a este assunto! DONALD J. TRUMP, PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS", escreveu o presidente norte-americano na rede social Truth Social.

Pouco depois, Trump partilhou nova mensagem, na qual garante que o "Irão nunca reconstruirá as suas instalações nucleares".

Guarda Revolucionária do Irão diz ter lançado 14 mísseis antes da entrada em vigor do cessar-fogo

A Guarda Revolucionária do Irão anunciou o lançamento de uma vaga de ataques contra Israel "minutos" antes da entrada em vigor do cessar-fogo proposto pelos EUA, segundo a AFP.

Em comunicado, a Guarda Revolucionária do Irão referiu que "nos últimos momentos antes da imposição do cessar-fogo ao inimigo", foram atingidos "centros militares e logísticos do regime sionista", com recurso a "14 mísseis".

Para o Irão, foi dada "uma lição histórica e inesquecível ao inimigo sionista".

Trump foi "firme e direto" em conversa telefónica com Netanyahu, diz Casa Branca

A caminho da cimeira da NATO, em Haia, o presidente dos EUA, Donald Trump falou ao telefone com Benjamin Netanyahu no Air Force One, após acusar Israel e Irão de violarem o cessar-fogo.

Durante o telefonema, Trump foi “firme e direto” com o primeiro-ministro israelita sobre a necessidade de se manter o acordo de tréguas com o Irão, de acordo com o The New York Times, que cita um funcionário da Casa Branca.

“O primeiro-ministro [Netanyahu] compreendeu a gravidade da situação e as preocupações expressas pelo presidente Trump”, disse a mesma fonte.

Israel atingiu radar perto de Teerão, mas abstém-se de novos ataques contra Irão

Depois de o presidente dos EUA acusar Israel e Irão de violarem o cessar-fogo, os media iranianos reportaram explosões a norte de Teerão.

A Força Aérea Israelita confirmou, entretanto, um ataque que visou um radar perto de Teerão, "em resposta às violações do Irão" do cessar-fogo anunciado por Donald Trump, informou o gabinete do primeiro-ministro israelita.

Na sequência da conversa telefónica entre o presidente dos EUA e Netanyahu, "Israel absteve-se de novos ataques", segundo nota divulgada nas redes sociais.

Ainda de acordo com o gabinete de Netanyahu, "o presidente Trump expressou o seu grande apreço por Israel", que atingiu "todos os seus objetivos de guerra".

Trump também terá manifestado "confiança na estabilidade do cessar-fogo" entre Israel e Irão.

Trump não pretende mudança de regime no Irão. "Gera o caos"

A bordo do Air Force One, a caminho da cimeira da NATO, em Haia, o presidente dos EUA foi questionado sobre se quer ver uma mudança de regime no Irão. "Não quero. Gostaria de ver tudo a acalmar-se o mais rapidamente possível", afirmou, de acordo com a imprensa internacional.

Donald Trump considerou que a mudança de regime "gera o caos". "O ideal é não querermos ver tanto caos. Vamos ver como corre", disse o presidente norte-americano aos jornalistas.

Secretário-geral da NATO felicita Donald Trump por "ação decisiva no Irão"

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, felicitou o presidente norte-americano pela sua "ação decisiva no Irão". Donal Trump publicou uma captura de ecrã da mensagem de texto que recebeu de Rutte na rede social Truth Social.

Na mensagem, que oficiais da NATO confirmaram ser de autoria do secretário-geral, Rutte diz, ainda, que a ação de Trump foi "algo verdadeiramente extraordinário e que mais ninguém ousou fazer".

A mensagem terá sido escrita quando Mark Rutte seguia para a cimeira de líderes da NATO, em Haia, momento que o secretário-geral afirma ter sido "outro grande sucesso" visto ter conseguido convencer todos os aliados a gastarem pelo menos 5% do seu PIB em Defesa.

Presidente Masoud Pezeshkian diz que Irão vai respeitar o cessar fogo, exceto se Israel não cumprir

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou hoje que o Irão não vai violar o cessar fogo, exceto se Israel desrespeitar a trégua. A informação é dada pela agência estatal Nournews, que também relata que Teerão está pronta para negociar e defender os direitos do povo iraniano.

Trump recusa dar apoio explícito ao Artigo 5.º da Aliança Atlântica

O presidente norte-americano recusou hoje dar apoio explícito ao Artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte sobre a defesa coletiva, afirmando apenas que está “comprometido em salvar vidas” e remetendo uma declaração quando chegar à cimeira da NATO.

“Estou comprometido em salvar vidas, com a segurança e darei uma definição exata [do que significa o Artigo 5.º] quando chegar [à cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO]”, afirmou Donald Trump a bordo do avião presidencial Air Force One, a caminho de Haia, nos Países Baixos, para participar na reunião de líderes da Aliança Atlântica.

“Depende da definição. Há muitas definições do Artigo 5.º. Mas comprometo-me a ser amigo. Tornei-me amigo de muitos desses líderes e comprometo-me a ajudá-los”, acrescentou o governante norte-americano.

O Artigo 5.º do tratado da organização estabelece o princípio da defesa coletiva, segundo o qual um ataque contra um dos membros da NATO é entendido como um ataque contra todos.

Questionado também sobre o futuro da Aliança Atlântica, Trump respondeu que o seu desejo é “ter um sistema unificado”.

“Acho que vamos ter uma paz mais forte e melhor”, afirmou.

O Presidente norte-americano insistiu no plano para que os Estados-membros gastem 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor da Defesa, um dos temas-chave da cimeira que decorre hoje e quarta-feira em Haia.

“Quando cheguei à NATO pela primeira vez, eles estavam arruinados. Eu disse-lhes: ‘Vocês estão falidos’. Apenas sete dos 28 países que existiam na altura pagavam as quotas”, observou.

Depois de iniciar a viagem a partir de Washington, Trump escreveu na sua rede social, a Truth Social, que está “ansioso por encontrar os bons amigos europeus” e que espera conseguir “muitas coisas” nesta cimeira.

“Será um período muito mais tranquilo do que o que acabei de passar com Israel e o Irão”, comentou.

Lusa

Chefe militar de Israel garante que ação militar contra o Irão "não terminou"

Eyal Zamir, chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, alertou hoje que a campanha militar contra o Irão "não acabou", embora tenha admitido que foi "concluído de um capítulo significativo", pelo que Israel está agora "numa nova fase com base nas conquistas" que foram alcançadas. Ou seja, "foi retardado o projeto nuclear do Irão durante alguns anos, tal como o seu programa de mísseis".

Depois de classificar a ação no Irão como "uma conquista fenomenal", este responsável assegurou que agora "o foco dos militares volta a ser Gaza para que possam ser trazidos os reféns para casa e ainda para desmantelar o governo do Hamas". 

Presidente do Irão reconhece cessar-fogo com Israel

O presidente do Irão emitiu uma declaração à imprensa do seu país, na qual reconhece o cessar-fogo com Israel.

Masoud Pezeshkian diz que o conflito foi "imposto" ao Irão pelo "aventureirismo" de Israel e garante que o "povo do Irão" determinou o fim da "guerra de 12 dias".

Chefe da NATO não vê problema em Trump ter revelado a sua mensagem

Mark Rutte, secretário-geral da NATO, disse hoje que não tem "nenhum problema" com o facto de Donald Trump ter divulgado a mensagem de texto que lhe enviou a felicitá-lo pela intervenção no Irão.

"Não tenho absolutamente nenhum problema com isso porque não há nada que tenha que permanecer em segredo", disse.

Trump chegou aos Países Baixos para participar na reunião da Aliança

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou hoje aos Países Baixos para participar na cimeira da NATO a decorrer em Haia, reunião centrada no aumento significativo da despesa em Defesa dos membros da Aliança Atlântica.

O avião presidencial Air Force One aterrou no aeroporto de Amesterdão-Schiphol ao início da noite (hora local).

Trump deverá hoje participar num jantar em Haia, a convite do rei dos Países Baixos, e na quarta-feira irá assistir à única sessão de trabalho prevista na agenda da cimeira.

É provável que tenha um encontro à margem da cimeira com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Uma fonte da presidência ucraniana disse à agência de notícias France-Presse que o encontro entre os dois líderes estava previsto para quarta-feira.

Netanyahu celebra "vitória histórica" de Israel no Irão

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu emitiu uma mensagem vídeo nas redes sociais na qual celebra aquilo que diz ter sido um "vitória histórica" no Irão que "permanecerá por gerações".

O líder israelita acrescenta que Israel "nunca teve um amigo melhor" do que Donald Trump na Casa Branca.

Netanyahu diz que Israel "deve completar a campanha", o que representa "derrotar o Hamas e trazer de volta a casa todos os reféns israelitas que permanecem em Gaza, vivos e mortos".

Netanyahu diz que Israel atingiu o regime iraniano com o "o golpe mais duro" esta manhã

O primeiro-ministro israelita reiterou esta terça-feira a sua promessa de que o Irão não terá acesso a armas nucleares, afirmando que Israel "vai interromper" quaisquer novas tentativas de restaurar esse projeto.

Benjamin Netanyahu disse que Israel "destruiu a indústria de produção de mísseis do Irão", ao dizimar dezenas de fábricas e danificar gravemente os stocks e os lançadores de mísseis.

"A intenção maliciosa do Irão de ameaçar a existência de Israel com dezenas de milhares de mísseis balísticos... essa ameaça foi removida. Desferimos golpes esmagadores ao regime maligno", vincou.

Netanyahu afirmou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) desferiram no Irão "o golpe mais duro" desde o início do conflito na madrugada desta terça-feira.

Os ataques eliminaram "centenas de fábricas e ativistas do regime", acrescentou o primeiro-ministro israelita, considerando-o "o ataque mais esmagador que Teerão já viu nos últimos 50 anos".

28 pessoas morreram em Israel desde o início da guerra com o Irão

28 pessoas morreram e 1472 pessoas ficaram feridas, entre as quais 15 em estado grave, em Israel, desde o início da "Operação Leão em Ascensão", a guerra com o Irão, avançaram as autoridades israelitas.

Desde o início da operação, no dia 13 deste mês, foram lançados e atravessaram as fronteiras de Israel cerca de 550 mísseis e mil veículos aéreos não tripulados (drones).

Devido aos danos causados, a Autoridade Tributária de Israel recebeu 38 700 pedidos de indemnização, entre os quais 30 809 relacionados com edifícios e 3713 com veículos.

Paralelamente, mais de 15 500 pessoas foram retiradas das suas casas.

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