O porta-voz do Exército israelita em árabe, Avichay Adraee, ordenou esta terça-feira, 9 de setembro, a todos os residentes de Gaza para abandonarem a cidade, no contexto da ofensiva militar israelita para tomar a capital do enclave palestiniano, que decorre desde agosto."A todos os residentes da cidade de Gaza e aqueles que se encontram nos seus bairros, desde a Cidade Velha e Tafah, a leste, até ao mar, a oeste”, especificou Avichay Adraee nas redes sociais.Uma infografia que acompanhou a mensagem indica que a ordem afeta toda a cidade, onde, segundo as Nações Unidas, vivem e se refugiam cerca de um milhão de pessoas."Para vossa segurança, retirem-se imediatamente pela estrada de Al Rashid em direção à zona humanitária de Al Mawasi", acrescentou, em referência à área designada perto de Jan Yunis, no sul da Faixa, já identificada no último sábado, apesar de estar saturada com deslocados. Adraee sublinhou que o exército israelita "está determinado a eliminar o Hamas" e que "operará na cidade de Gaza com grande força, como tem feito noutras partes do enclave". .Ministério da Saúde de Gaza pede proteção para hospitais no norte do enclave.O Ministério da Saúde de Gaza lançou, entretanto, um novo apelo à comunidade internacional para garantir a proteção imediata dos hospitais e equipas médicas na capital do enclave, isto numa altura em que o Exército de Israel ordenou a evacuação completa da zona.Na sequência da ameaça israelita, o ministério, controlado pelo Hamas, pediu a "proteção imediata" dos hospitais e das equipas médicas e a abertura de vias de acesso seguras às instalações que prestam serviços de saúde no norte do enclave palestiniano.Os responsáveis do Ministério da Saúde de Gaza alertaram ainda sobre a catástrofe humanitária que, disseram, ameaça a vida de milhares de pacientes e feridos no enclave."Residentes: foram avisados, saiam já!", alertou Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apelou na sexta-feira aos habitantes da Cidade de Gaza para que se retirem de imediato, numa fase em que os militares israelitas intensificam a ofensiva na capital do enclave palestiniano."Em dois dias, destruímos 50 torres terroristas, e este é apenas o início da intensificação das operações terrestres na Cidade de Gaza. Digo aos residentes: foram avisados, saiam já!", declarou na altura Netanyahu, num vídeo divulgado pelo seu gabinete."Tudo isto é apenas uma introdução, um prelúdio, para a poderosa operação principal: uma manobra terrestre das nossas forças, que estão agora a organizar-se e a reunir-se, contra a Cidade de Gaza", ameaçou ainda.O objetivo anunciado pelo Governo israelita é eliminar as últimas bolsas de resistência do Hamas e recuperar os 48 reféns que conserva na sua posse, dos quais se calcula que 20 estejam vivos, antes de entregar a gestão do território a entidades civis que não sejam hostis a Telavive. .Israel aceita cessar-fogo proposto por Trump se Hamas depuser armas e libertar reféns.O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, anunciou esta terça-feira que Israel aceitou a mais recente proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, para um cessar-fogo em Gaza.Segundo o ministro Israelita, a aceitação da proposta tem como contrapartida a condição de que o grupo islamita Hamas deponha as armas e liberte todos os reféns na Faixa de Gaza..A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região..Seis mortos num ataque em Jerusalém após Israel lançar “furacão” em Gaza.Israel ameaça tomar "medidas unilaterais" se Ocidente reconhecer Palestina