Na primeira paragem no Médio Oriente para discutir a situação na Síria, o secretário de Estado norte-americano defendeu o papel das Forças Democráticas Sírias (FDS), de maioria curda, como garante da segurança no pós-Assad. Antony Blinken reuniu-se com o rei Abdullah II da Jordânia em Aqaba, onde ambos apelaram para uma Síria estável, e seguiu depois para Ancara, onde se encontrou com o presidente turco. A Recep Erdogan, o chefe da diplomacia dos EUA realçou a importância de “assegurar que a coligação para derrotar o Estado Islâmico (EI) pode continuar a sua missão essencial”. “Numa altura em que queremos ver esta transição para um governo provisório, para um caminho melhor para a Síria, temos também de garantir que o EI não reaparece. E as Forças Democráticas da Síria são essenciais para garantir que isso não aconteça”, afirmou Antony Blinken na Jordânia. As FDS controlam cerca de um terço da Síria, em especial no norte, onde os curdos estabeleceram uma administração autónoma. Aliadas do Ocidente na luta contra o EI, as FDS mantêm aprisionados 9 mil combatentes do grupo extremista. No entanto, para Ancara o grupo armado é uma ameaça, uma vez que consideram a sua principal fação, as Unidades de Proteção Popular (YPG) um ramo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização rotulada de terrorista. Os rebeldes do Exército Nacional Sírio (SNA), apoiados pela Turquia, tomaram nesta semana o controlo de Deir ez-Zor e Manbij, depois de terem conquistado o enclave estratégico de Tall Rifaat, no norte do país. A mediação americana conduziu na quarta-feira a uma trégua em Manbij, onde os combates entre as forças pró-curdas e as fações pró-Ancara fizeram 218 mortos, e agravando a situação dos deslocados. Segundo a ONU, mais de um milhão de pessoas procurou refúgio desde o novo capítulo - iniciado em 27 de novembro - da luta armada que levou à queda de Assad. E a situação é particularmente grave no nordeste, como . Blinken reconheceu o direito de a Turquia se defender contra o que considera ser uma ameaça à sua segurança. “Ao mesmo tempo, queremos evitar desencadear qualquer tipo de conflito adicional na Síria”, afirmou.
Na primeira paragem no Médio Oriente para discutir a situação na Síria, o secretário de Estado norte-americano defendeu o papel das Forças Democráticas Sírias (FDS), de maioria curda, como garante da segurança no pós-Assad. Antony Blinken reuniu-se com o rei Abdullah II da Jordânia em Aqaba, onde ambos apelaram para uma Síria estável, e seguiu depois para Ancara, onde se encontrou com o presidente turco. A Recep Erdogan, o chefe da diplomacia dos EUA realçou a importância de “assegurar que a coligação para derrotar o Estado Islâmico (EI) pode continuar a sua missão essencial”. “Numa altura em que queremos ver esta transição para um governo provisório, para um caminho melhor para a Síria, temos também de garantir que o EI não reaparece. E as Forças Democráticas da Síria são essenciais para garantir que isso não aconteça”, afirmou Antony Blinken na Jordânia. As FDS controlam cerca de um terço da Síria, em especial no norte, onde os curdos estabeleceram uma administração autónoma. Aliadas do Ocidente na luta contra o EI, as FDS mantêm aprisionados 9 mil combatentes do grupo extremista. No entanto, para Ancara o grupo armado é uma ameaça, uma vez que consideram a sua principal fação, as Unidades de Proteção Popular (YPG) um ramo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização rotulada de terrorista. Os rebeldes do Exército Nacional Sírio (SNA), apoiados pela Turquia, tomaram nesta semana o controlo de Deir ez-Zor e Manbij, depois de terem conquistado o enclave estratégico de Tall Rifaat, no norte do país. A mediação americana conduziu na quarta-feira a uma trégua em Manbij, onde os combates entre as forças pró-curdas e as fações pró-Ancara fizeram 218 mortos, e agravando a situação dos deslocados. Segundo a ONU, mais de um milhão de pessoas procurou refúgio desde o novo capítulo - iniciado em 27 de novembro - da luta armada que levou à queda de Assad. E a situação é particularmente grave no nordeste, como . Blinken reconheceu o direito de a Turquia se defender contra o que considera ser uma ameaça à sua segurança. “Ao mesmo tempo, queremos evitar desencadear qualquer tipo de conflito adicional na Síria”, afirmou.