Os Estados Unidos acusaram esta quinta-feira, 7 de agosto, Nicolás Maduro, Presidente venezuelano considerado ilegítimo por Washington, de ser um narcotraficante e duplicaram para 50 milhões de dólares (43 milhões de euros) o prémio pela sua captura.Num vídeo publicado nas redes sociais, a procuradora-geral norte-americana, Pam Bondi, afirma que Maduro “é hoje um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional” dos Estados Unidos, pelo que foi duplicada a anterior recompensa, de 25 milhões de dólares, por informações que levem à sua detenção."A DEA [agência anti-narcotráfico] apreendeu hoje 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus parceiros, das quais quase sete toneladas ligadas diretamente a Maduro, o que representa uma fonte primária de rendimento para os cartéis assassinos sediados na Venezuela e no México”, afirmou Bondi.. Em causa estão organizações consideradas terroristas por Washington, como o Tren de Aragua e os cartéis de Sinaloa e dos Sóis.Estes “trazem drogas mortais e violência” para os Estados Unidos, adiantou, e a cocaína é frequentemente misturada com fentanil, “resultando na perda e destruição de inúmeras vidas americanas”.“O Departamento de Justiça apreendeu mais de 700 milhões de dólares em ativos ligados a Maduro, incluindo dois jatos privados, nove veículos e muito mais. No entanto, o reinado de terror de Maduro continua”, disse procuradora-geral.Maduro foi reeleito Presidente em janeiro, numa eleição considerada fraudulenta pela oposição e por grande parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos."Sob a liderança do Presidente [Donald] Trump, Maduro não escapará à justiça e será responsabilizado pelos seus crimes desprezíveis”, afirmou Bondi..Caracas qualifica recompensa como "ridícula" e "patética"Caracas qualificou esta quinta-feira como "patética" e "ridícula" a duplicação para 50 milhões de dólares (43 milhões de euros) da recompensa oferecida pelos Estados Unidos pela captura do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro."A patética 'recompensa' (...) é a cortina de fumo mais ridícula que já vimos", escreveu o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yvan Gil, num comunicado divulgado esta quinta-feira.