Ao que tudo indica, Joe Biden (esq.) e Fumio Kishida (dir.) apresentarão o plano de reforço, em conjunto, no dia 10 de abril.
Ao que tudo indica, Joe Biden (esq.) e Fumio Kishida (dir.) apresentarão o plano de reforço, em conjunto, no dia 10 de abril.Jim WATSON / AFP

Estados Unidos renovam comando militar no Japão. É o maior reforço em mais de 60 anos

A decisão surge devido às preocupações dos dois países em relação à China. Questionada sobre o assunto, Casa Branca não responde para já.
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O presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, preparam-se para apresentar, já em abril, um plano para renovar o comando militar americano no Japão.

Segundo o jornal Financial Times, a decisão prende-se com as preocupações partilhadas em relação à China. O plano passa por reforçar o planeamento operacional e os exercícios militares entre os dois países, avança o jornal, citando fontes que seguem a situação de perto. Trata-se do maior reforço deste género em mais de 60 anos.

Ao que tudo indica, o plano de reestruturação deve ser anunciado na Casa Branca, em Washington D.C., a 10 de abril. Nessa data, avança o Financial Times, o primeiro-ministro Kishida será recebido num evento formal, que incluirá um jantar e uma reunião de trabalho.

Próximo em termos geográficos de países como a China ou a Coreia do Norte, o Japão é um aliado próximo dos Estados Unidos e uma peça-chave da estratégia americana para a segurança na região.

Questionados pela Reuters, nem a Casa Branca, nem o Conselho de Segurança Nacional americanos responderam sobre o tema. O Departamento de Estado também se manteve em silêncio. O governo de Tóquio não foi questionado sobre o assunto, avança a agência.

Recentemente, Washington tem vindo a apoiar um reforço militar do Japão, fortalecendo as relações entre ambos os países. Há mais de um ano, Tóquio comprometeu-se a duplicar as despesas de defesa para 2% do seu PIB e a adquirir mísseis que possam atingir navios ou alvos terrestres a mais de mil quilómetros. Além disso, considerou ainda a expansão do poder militar chinês como uma “séria preocupação” para a comunidade internacional.

Aliado dos Estados Unidos, o Japão tem, regularmente, as suas águas invadidas por mísseis balísticos norte-coreanos. Lançados por Pyongyang (um inimigo histórico dos Estados Unidos na região), estes mísseis acabam por cair no mar do Japão.

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