"Escalada irresponsável". UE ameaça Bielorrússia com mais sanções se acolher armas nucleares
Josep Borrell afirmou no Twitter que o regime bielorrusso "ainda pode impedir" a escalada de tensão que o ato representaria.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, avisou este domingo que a União Europeia (UE) está pronta para adotar novas sanções contra a Bielorrússia se este país aceitar armas nucleares russas no seu território.
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"O acolhimento de armas nucleares russas pela Bielorrússia constituiria uma escalada irresponsável e uma ameaça à segurança europeia. A Bielorrússia ainda pode impedir isso. A UE está pronta para responder com mais sanções", assegurou Josep Borrell numa mensagem na rede social Twitter.
No sábado, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia iria colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia e que 10 aviões já tinham sido equipados para estarem prontos para usar esse tipo de armamento.
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No final de fevereiro, a UE anunciou a extensão das suas sanções contra a Bielorrússia por um ano, por causa da repressão do regime do Presidente Alexander Lukashenko e pelo seu apoio à invasão russa da Ucrânia.
No âmbito dessas sanções, Lukashenko e 194 outras figuras do regime foram proibidos de entrar na UE e os seus bens foram congelados.
Além disso, 34 entidades da Bielorrússia foram sancionadas e todos os financiamentos europeus estão proibidos.
A Bielorrússia também está sujeita a sanções económicas específicas, incluindo restrições no setor financeiro, comércio, bens de uso duplo, telecomunicações, energia e transporte.
Este domingo, o alto representante da UE para Assuntos Externos admitiu novas sanções, como forma de conter a retórica nuclear de Putin.
Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos afirmaram também este domingo não terem sinais de que tenha ocorrido o envio de armas nucleares para o país aliado da Rússia.