Kjartan TORBJOERNSSON / AFP
Kjartan TORBJOERNSSON / AFP

Equipas de resgate procuram homem que caiu em fenda aberta pela erupção de vulcão na Islândia

O homem trabalhava para preencher as fendas formadas na sequência de terramotos e atividades vulcânicas na cidade de Grindavik, que foi evacuada em novembro.
Publicado a
Atualizado a

As equipas de resgate estão à procura de um homem que caiu numa fenda que se abriu no chão depois de um vulcão ter entrado em erupção na Islândia, em dezembro.

O homem trabalhava para preencher as fendas formadas na sequência de terramotos e atividades vulcânicas na cidade de Grindavik, que foi evacuada em novembro, segundo a imprensa local.

Centenas de pessoas estão envolvidas nas buscas desde quarta-feira, mas tiveram que parar pouco antes da meia-noite de quinta-feira devido a uma queda de rochas.

“À meia-noite, tivemos de interromper as buscas porque não podíamos garantir a segurança daqueles que trabalhavam na fenda. Houve uma queda de rochas”, afirmou o chefe da polícia no sul da Islândia, Ulfar Ludviksson, chefe da polícia no sul da Islândia. 

As operações de resgate incluem trabalhos para alargar a abertura da fenda, que é estreita. Segundo Ludviksson, as condições eram “muito difíceis e exigentes”.

"A fenda é funda. Há dezenas de metros até ao mundo e há água muito abaixo desta área de trabalho onde as equipas de resgate estão a operar", acrescentou. "Há dois homens que vão lá abaixo e ficam lá por cerca de dez minutos. Depois eles sobem e são substituídos por outros dois", explicou.

Em 2021, 2022 e em julho, erupções vulcânicas, numa área desabitada próxima, tornaram-se grandes atrações turísticas, atraindo cerca de 680 mil visitantes, segundo o Conselho de Turismo da Islândia.

Em outubro, foram detetados sinais de dilatação do solo perto da "Lagoa Azul", famosos banhos quentes de águas azul-turquesa muito frequentados pelos turistas. O local reabriu parcialmente no domingo.

Até março de 2021, a península de Reykjanes, a sul da capital Reiquiavique, tinha sido poupada de erupções durante oito séculos.

Desde então, ocorreram outros dois, em agosto de 2022 e julho de 2023, um sinal, para os vulcanologistas, de retomada da atividade vulcânica na região.

Trinta e três sistemas vulcânicos são considerados ativos nesta terra de fogo e gelo, a região mais vulcânica da Europa

Em 11 de novembro, os moradores de Grindavik foram retirados por precaução, após centenas de terremotos causados pelo movimento de magma sob a crosta terrestre, um potencial sinal de alerta de uma erupção vulcânica.

Edifícios e estradas da cidade foram amplamente danificados por esta atividade sísmica.

Em 2010, o vulcão Eyjafjallajökull, no sul da ilha, causou a maior perturbação no tráfego aéreo em tempos de paz, um registo entretanto 'eclipsado' pela pandemia de covid-19.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt