Dinamarca e Suécia convocam embaixadores russos por violações do espaço aéreo

Avião russo entrou no espaço aéreo dinamarquês na noite de sexta-feira, a leste da ilha dinamarquesa de Bornholm, no Báltico, antes de voar para o espaço aéreo sueco.
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A Dinamarca e a Suécia convocaram de urgência os embaixadores da Rússia naqueles países depois de um avião espião russo ter violado o espaço aéreo das duas nações nórdicas, anunciaram os respetivos governos neste domingo.

Autoridades locais disseram que o avião entrou no espaço aéreo dinamarquês na noite de sexta-feira, a leste da ilha dinamarquesa de Bornholm, no Báltico, antes de voar para o espaço aéreo sueco.

"O embaixador russo foi convocado para uma reunião no Ministério das Relações Exteriores amanhã", revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Jeppe Kofod, neste domingo, referindo-se a uma "nova violação russa do espaço aéreo dinamarquês".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Suécia também informou que o embaixador russo será convocado em Estocolmo. "Existem procedimentos estabelecidos para esse tipo de caso e convocaremos o representante da nação implicada", disse em um e-mail.

Kofod acrescentou que a situação era "totalmente inaceitável e particularmente preocupante no contexto atual", aludindo à invasão da Ucrânia pela Rússia e às crescentes tensões com a NATO, da qual a Dinamarca é membro.

Henrik Mortensen, um assessor de imprensa do Comando de Defesa dinamarquês, especificou à AFP o incidente. "Foi um avião de reconhecimento que esteve no nosso espaço aéreo por um breve momento. Dois F-16 dinamarqueses intervieram imediatamente", disse Mortensen, acrescentando que tais incidentes são raros.

A Dinamarca é membro da NATO, ao contrário da Suécia, onde ocorre um debate sobre se o país deve ou não pedir a adesão à Aliança Atlântica.

Questionado pelo jornal Dagens Nyheter, o ministro da Defesa sueco disse que não há provas de que a violação esteja ligada às atuais discussões sobre a eventual adesão de Estocolmo à NATO.

A Rússia já sinalizou que a Suécia e a Finlândia, que também estuda um pedido de adesão, deveriam considerar as consequências de tal medida nas relações bilaterais e na arquitetura de segurança geral da Europa.

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