Dezenas de milhares de pessoas concentraram-se esta terça-feira (26 de agosto) na Praça dos Reféns de Telavive e nas ruas próximas, repletas pelas multidões, numa manifestação massiva contra a guerra em Gaza que encerrou um dia nacional de protestos.Imagens difundidas nas redes sociais e uma transmissão ao vivo pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos - que representa a maioria dos familiares dos sequestrados - mostram manifestantes carregando cartazes com fotos dos reféns, além de bandeiras israelitas e amarelas, estas últimas em apoio aos cativos.Vários familiares dos raptados intervieram no palco, incluindo Noam Perry, cujo pai, Haim Perry, foi raptado pelo Hamas a 07 de outubro de 2023 e morreu em cativeiro aos 79 anos..Israel alega que visou câmara do Hamas no ataque a hospital que matou cinco jornalistas. "O meu pai e outros 41 reféns mortos em Gaza revelam uma verdade terrível: cada dia adicional de guerra coloca em perigo aqueles que ainda estão vivos", disse Noam, em inglês.O homem também se dirigiu ao Presidente dos Estados Unidos: "Presidente Trump, olhe para esta multidão, olhe para as imagens das ruas de Israel. O povo de Israel vota com os pés: a nação quer que a guerra acabe e que os reféns regressem a casa. Para o meu pai é tarde demais, mas ainda pode salvar outros e ser lembrado como o Presidente que fez história".O protesto encerrou um dia de manifestações contra a decisão do Governo israelita, liderado por Benjamin Netanyahu, de expandir a ofensiva militar na Faixa de Gaza, em vez de negociar um acordo para a libertação dos cerca de 50 reféns que permanecem em Gaza, dos quais 20 estarão vivos..Manifestantes bloqueiam estradas em Israel para exigir acordo para Gaza e a libertação dos reféns. O conflito no enclave foi desencadeado pelos ataques liderados pelo movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 62 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.