Desafios da NATO aos 75 anos debatidos na FLAD
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, relembrou o papel essencial da NATO na defesa do Ocidente e na manutenção da paz, numa palestra esta segunda-feira em Lisboa na sede da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD) no âmbito de uma sessão a assinalar os 75 anos da Aliança Atlântica.
Nunes da Fonseca relembrou o forte compromisso de Portugal com a NATO, desde a fundação em 1949 até hoje, salientando a participação de militares portugueses em missões da Aliança Atlântica ao longo destas mais de sete décadas. Sublinhou ainda que a NATO atua hoje em terra, no ar, no mar, no espaço e no ciberespaço e que a segurança no mundo, e claro a segurança em Portugal, beneficia disso.
Em recente entrevista ao DN, a pretexto exatamente da criação da Aliança Atlântica a 4 de abril de 1949 em Washington, o CEMGFA tinha já declarado que “a NATO tem um papel fundamental no contexto da segurança e da defesa euro-atlânticas”.
A sessão, aberta por Rita Faden, presidente da FLAD, e por João Rebelo, presidente da CPA, prosseguiu com um debate sobre os desafios para a NATO entre o major-general Nuno Lemos Pires, diretor-geral de Política de Defesa Nacional, e a professora Ana Santos Pinto, da Universidade Nova de Lisboa, com moderação de Francisco Nobre, da AJPA/YATA Portugal. Lemos Pires declarou-se confiante na parceria transatlântica seja qual for o resultado das presidenciais nos Estados Unidos. Por seu lado, Santos Pinto alertou que reforçar a NATO exige discutir muito mais do que a meta dos 2% do PIB em gastos de Defesa.
O apoio à Ucrânia pelos países da NATO foi bastante referido nas intervenções, assim como a importância da recente adesão de novos membros, como a Finlândia e a Suécia. As embaixadoras ucraniana, Maryna Mykhailenko, e finlandesa, Satu Suikkari-Kleven, foram alguns dos diplomatas que marcaram presença.
Fundada por 12 países, a NATO conta atualmente com 32 membros.