Demitido chefe militar da região ucraniana de Kharkiv
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Demitido chefe militar da região ucraniana de Kharkiv

Decisão surge um dia após o exército russo ter ultrapassado a fronteira e aberto uma nova frente no norte da região de Kharkiv.
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O chefe do grupo militar tático operacional da região ucraniana de Kharkiv foi demitido no sábado, um dia após o Exército russo ter ultrapassado a fronteira e aberto uma nova frente no norte da região, foi esta segunda-feira divulgado.

A destituição de Yuri Galushkin foi confirmada pelo grupo estratégico operacional Khortsia do Exército ucraniano, que não especificou os motivos da decisão.

Galushkin foi substituído pelo seu "número dois", Mikailo Drapati.

O analista militar ucraniano Yuri Butusov indicou hoje nas redes sociais durante uma visita à localidade de Vovchansk -- situada na zona fronteiriça de Kharkiv e um dos principais objetivos da ofensiva russa na zona -- que a situação melhorou para a Ucrânia nos últimos dois dias, após a substituição de Galushkin.

Butusov e outros analistas ucranianos tinham advertido que na zona onde se concentra o ataque russo não foram construídas defesas apropriadas.

A administração militar de Vovchansk indicou que as fortificações construídas na zona eram menos densas que as erguidas em outras linhas da frente devido aos contínuos ataques de artilharia das forças russas nesta zona de fronteira, e que impediram uma defesa mais adequada.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Os últimos meses têm sido marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

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