Dani Alves não consegue reunir um milhão de euros e fica preso mais um dia
JORDI BORRAS / POOL / AFP

Dani Alves não consegue reunir um milhão de euros e fica preso mais um dia

Além de ter estabelecido o valor da caução, os magistrados concordaram em retirar ao antigo defesa lateral os dois passaportes, espanhol e brasileiro, para que não possa sair de Espanha, assim como apresentações semanais em tribunal.
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O ex-futebolista brasileiro Dani Alves vai continuar pelo menos mais um dia na prisão, já que não conseguiu reunir o milhão de euros de caução exigidos para aguardar em liberdade o seu recurso à condenação por violação.

A justiça espanhola aceitou esta quarta-feira libertar o antigo jogador do FC Barcelona, em fase de recurso da condenação a quatro anos e meio de prisão, mediante o pagamento de uma caução de um milhão de euros, porém, segundo a Agência EFE, a sua advogada comunicou-lhe que tal não foi possível de concretizar hoje, pelo que continuará detido pelo menos até quinta-feira.

Dani Alves tem as contas congeladas, pelo que a verba terá de vir de outra proveniência, com o jornal La Vanguardia, de Barcelona, a noticiar que o futebolista estará à espera da ajuda do pai de Neymar, seu antigo companheiro na seleção do Brasil.

Esta manhã, a Audiência de Barcelona decretou que a detenção provisória do jogador pode ser "evitada mediante o pagamento de uma caução de um milhão de euros", acrescentando que a medida é acompanhada da apreensão dos passaportes, brasileiro e espanhol.

A decisão, que mereceu um voto contra de um dos magistrados, obriga ainda o futebolista a comparecer semanalmente em tribunal.

Também a Procuradoria e a acusação manifestaram-se contrárias à saída em liberdade de Dani Alves, que se encontra detido desde janeiro de 2023, depois de ter sido acusado, e condenado, por agressão sexual a uma jovem numa discoteca de Barcelona.

Em fevereiro deste ano, o ex-futebolista do FC Barcelona e do Paris Saint-Germain, foi condenado a quatro anos e meio de prisão pela violação em 2022 da jovem.

Dani Alves, que jogou no FC Barcelona, no Paris Saint-Germain e na Juventus, entre outros, é acusado de ter violado a jovem na casa de banho de uma discoteca, em dezembro de 2022, embora o jogador, que apresentou diversas versões para o sucedido, tenha defendido que as relações foram consensuais.

A acusação tinha pedido nove anos de prisão para o futebolista, bem como o pagamento de 150 mil euros à vítima e liberdade sob supervisão de 10 anos após sair da prisão.

Segundo o processo, Alves encontrava-se na discoteca em Barcelona e encontrou a vítima, com outras pessoas, tendo-a convidado para dançar e, depois, para uma divisão recolhida do espaço comum, no qual a forçou a ter relações sexuais.

Dani Alves é um dos futebolistas mais condecorados da história do desporto, vencendo 23 troféus só no 'Barça', entre 2008 e 2016, e jogava no Pumas, no México, quando foi detido, levando o clube a despedi-lo de imediato.

MP espanhol quer agravar pena de quatro anos e meio

O Ministério Público espanhol vai recorrer da condenação a quatro anos e meio de prisão ao futebolista brasileiro Dani Alves, por violação em 2022 de uma jovem em Barcelona, no sentido de agravar a pena.

Segundo revelaram fontes judiciais à agência EFE, o Ministério Público está a preparar o recurso da decisão, com o tribunal a considerar como atenuante a indemnização de 150 mil euros à vítima, fixada no valor da fiança.

Essa atenuante, de reparação de danos, permitiu que a Audiência de Barcelona baixasse a pena para os quatro anos e meio - o mínimo previsto na lei para uma agressão sexual -, e quando o Ministério Público pedia nove anos de prisão para o jogador.

No julgamento, Ministério Público e defesa da jovem opuseram-se à aplicação da atenuante de reparação, justificando que esse foi o valor que a juíza de instrução fixou como fiança para o jogador, que diversas vezes quis que fosse a quantia a entregar à vítima, sem que esta o aceitasse.

A Procuradoria também entende que a aplicação de atenuante a Dani Alves, por ter depositado a fiança de 150.000 euros, pode ser discriminatória, uma vez que dá uma vantagem ao acusado, devido à sua capacidade económica.

Além do Ministério Público, também a defesa da jovem prevê recorrer da sentença, e os representantes Dani Alves igualmente, mantendo o argumento de que o jogador manteve relações sexuais consentidas.

Segundo o processo, Alves encontrava-se na discoteca em Barcelona e encontrou a vítima, com outras pessoas, tendo-a convidado para dançar e, depois, levou-a para a casa de banho, local em que a forçou a ter relações sexuais.

Dani Alves é um dos futebolistas mais condecorados da história do desporto, vencendo 23 troféus só no 'Barça', entre 2008 e 2016, e jogava no Pumas, no México, quando foi detido, levando o clube a despedi-lo de imediato.

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