"Viveremos com orgulho, sonharemos com ousadia e nada nos impedirá, porque somos americanos. O futuro é nosso, e a nossa era dourada ainda agora está a começar”, disse o presidente Donald Trump no final do discurso da tomada de posse para este segundo mandato, a 20 de janeiro. E, aparentemente, a “era dourada” a que se referia não era só um desejo de sucesso e prosperidade para os EUA. Era literal, pelo menos no que diz respeito à decoração da Casa Branca. O dourado está presente em toda a Sala Oval, das paredes ao teto, e será uma das características principais do novo salão de baile que será construído na renovada Ala Leste. E marca também presença no novo Jardim de Rosas, onde desapareceu o relvado central para dar lugar a um pátio com guarda-sóis amarelos e brancos (segundo os mais atentos, são iguais aos que existem na sua casa em Mar-a-Lago, na Florida). “Bem-vindos à era dourada!” é o slogan deste mandato.Cada novo presidente faz alterações à Sala Oval para refletir mais o seu estilo e não há nada que Trump goste mais do que detalhes dourados - Mar-a-Lago tem um salão coberto de ouro e a sua casa em Nova Iorque, na Trump Tower, também está cheia de pormenores neste tom. E claramente o presidente quis sentir-se em casa na nova Sala Oval. O tapete central azul que o antecessor, Joe Biden, recuperou para o escritório mais famoso do mundo foi substituído por um mais claro que já tinha usado no primeiro mandato - e que é herdado dos tempos de Ronald Reagan. Os cortinados são os que já estavam na Sala Oval de Biden, mas agora são acompanhados por um friso dourado junto ao teto. . O número de retratos de ex-presidentes multiplicou-se depois de o democrata sair, com mais molduras em dourado, e por cima da lareira foram colocados vários objetos da coleção da Casa Branca de ouro. Até o selo presidencial no teto, que era branco, foi pintado de dourado.Mas as mudanças não são apenas na Sala Oval e chegam ao exterior, onde em breve será inaugurado novo Jardim das Rosas. Projetado há mais de um século, foi redesenhado no início da década de 1960 pela primeira-dama Jacqueline Kennedy (mulher do presidente John F. Kennedy). Ainda no primeiro mandato de Trump, a sua mulher, Melania, foi criticada por ter acrescentado um pavimento em redor do relvado central, para facilitar a circulação no espaço muitas vezes usado para eventos. Na altura, a primeira-dama mandou plantar mais 200 roseiras, para recuperar o espaço. Agora, Trump foi ainda mais longe, tirando o relvado e transformando o jardim num pátio mais bem preparado para esses eventos. Quando os jornalistas puderam visitar o novo espaço, na semana passada, tinha várias mesas e os tais guarda-sóis amarelos e brancos. A maior mudança é contudo a construção de um salão de baile de 8360 metros quadrados e capacidade para sentar 650 pessoas (rodeados de muito dourado, segundo as maquetes). . A Administração justifica a necessidade deste espaço, que dizem estará pronto em 2029, com o facto de atualmente só caberem 200 pessoas na East Room (a maior sala do edifício) e em grandes eventos ter que ser montada uma tenda nos jardins. “O presidente Trump e outros doadores patriotas comprometeram-se generosamente a doar os fundos necessários para a construção desta estrutura de aproximadamente 200 milhões de dólares”, disse a Casa Branca..Tribunal de recurso dos EUA declara ilegais a maioria das tarifas de Trump