A Europa, mas também os Estados Unidos, estão a viver uma crescente frustração quanto aos poucos progressos nos esforços de paz na Ucrânia devido à inação nesse sentido da Rússia nomeadamente desde o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca no passado dia 15 de agosto.“O presidente Putin, desde a reunião histórica em Anchorage, desde o telefonema, quando os líderes europeus e o presidente Zelensky estavam na Casa Branca na segunda-feira seguinte, fez o oposto de cumprir o que indicou que queria fazer. Na verdade, aumentou a campanha de bombardeamentos de uma forma desprezível, desprezível”, afirmou esta terça-feira, 2 de setembro, o secretário do Tesouro dos EUA numa entrevista à Fox News.Scott Bessent acrescentou ainda que, face ao atual cenário, para Donald Trump “todas as opções estão em cima da mesa e penso que as vamos examinar de perto esta semana”, referindo-se à aplicação de sanções à Rússia. Algo que o presidente dos EUA já ameaçou aplicar, mas tem vindo a adiar, na esperança de um acordo entre Moscovo e Kiev.Do lado europeu, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, que goza de uma relação próxima com Trump, admitiu esta terça-feira não estar “muito otimista de que alcançaremos um cessar-fogo ou uma estrutura para as conversações de paz num futuro próximo”, já que Putin continua a “testar a paciência de todos” e a adiar as discussões.As garantias de segurança para a Ucrânia - tema que vai ser discutido na quinta-feira numa reunião da Coligação dos Dispostos - também são uma preocupação para os líderes europeus. “Precisamos de coordenar os preparativos de segurança com os Estados Unidos, que essencialmente fornecerão o apoio para tal. É nisso que nos estamos a concentrar agora”, referiu Stubb.O secretário-geral da NATO, por seu turno, afirmou esta terça-feira que qualquer paz duradoura requer um exército ucraniano mais forte, mas também “garantias de segurança dos amigos e parceiros da Ucrânia, EUA, Europa e outros”.Mark Rutte acrescentou que o foco dos aliados está em “duas vertentes”, reunir Zelensky e Putin e chegar a um acordo entre Europa e EUA sobre garantias de segurança que impeçam a Rússia de voltar a atacar a Ucrânia. .Kaja Kallas diz que Putin "está a gozar" com esforços de paz na Ucrânia.Estancar o alargamento da NATO é condição para a paz na Ucrânia, diz Putin