Volodymyr Zelensky deve viajar na sexta-feira para Washington DC para se reunir com Donald Trump.
A notícia foi avançada pela agência Reuters, que cita duas fontes, referindo que o encontro entre os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos servirá para assinar o acordo de exploração dos minerais.
A Sky News também confirma os planos de Zelensky viajar para os EUA, citando uma fonte governamental ucraniana, que assegura que o dia da reunião foi sugerido pelos norte-americanos.
A reunião acontece depois de momentos de alguma tensão entre ambos, sobretudo depois de Trump ter chamado Zelensky de "ditador".
A Ucrânia aceitou os termos do acordo de minerais críticos proposto pelos Estado Unidos.
A notícia é avançada pelo jornal Financial Times, que cita fontes ucranianas, acrescentando que a Ucrânia está agora esperançada que as relações entre Volodymyr Zelensky e Donald Tump possa agora melhorar, depois de o presidente dos EUA ter acusado o homólogo ucraniano de ser um ditador e de se ter colocado o lado da Rússia.
Ainda segundo o Financial Times, contribuiu para o acordo o facto de os Estados Unidos ter deixado de exigir ter 500 mil milhões de dólares de receitas potenciais.
Refira-se que estes minerais são importantes para as novas tecnologias, telemóveis e infraestruturas de Inteligência Artificial.
Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, defendeu hoje uma mudança n estratégia de segurança, tendo em conta as consequências da guerra na Ucrânia. Nesse sentido, anunciou que os gastos com Defesa vão subir para 2,5% do PIB do Reino Unido até 2027.
"Se me tivessem dito que, durante a minha vida, voltaríamos a ver tanques russos a entrar em cidades europeias, não teria acreditado. No entanto, aqui estamos, num mundo em que tudo mudou", começou por dizer o chefe de governo do Reino Unido, numa conferência de imprensa em Downing Street, onde elogiou a resposta dos ucranianos à invasão de que foram alvo, bem como a forma como os britânicos ajudaram.
"Acredito que devemos agora mudar a nossa abordagem à segurança nacional para estarmos prontos para enfrentar os desafios deste mundo volátil", acrescentou, assumindo que a Rússia é, agora, uma ameaça à segurança do Reino Unido: "Não podemos esconder-nos disso."
“A não ser que a Ucrânia esteja devidamente protegida de Putin, a Europa só se tornará mais instável e isso irá prejudicar-nos ainda mais”, sublinhou, lembrando que "Putin só responde à força."
O Presidente da República considerou hoje que "ainda é cedo para se colocar a questão" de um eventual envio de militares para a Ucrânia e referiu que o Governo tem nesta matéria "uma iniciativa fundamental".
Em resposta a perguntas dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que "o envio de forças nacionais destacadas tem de ter parecer do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN)" e acrescentou: "Vamos esperar para ver e depois falaremos".
Questionado sobre um eventual envio de militares portugueses para a Ucrânia, o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas começou por responder: "É uma questão sobre a qual não me posso pronunciar sem que o CSDN seja ouvido. Vamos ter uma reunião no dia 17 de março, mas ainda é cedo para se colocar a questão".
Sobre as negociações para a paz, o Presidente da República insistiu que tem de ser "uma paz justa, uma paz sustentável e uma paz compreensiva", não pode ser "para de repente avançar e falhar imediatamente", nem pode criar "uma sensação de insegurança na Ucrânia".
"Já se percebeu que está difícil de convencer os aliados, ou antigos aliados norte-americanos -- nunca se percebe bem, com esta nova administração -- a participarem nesse esforço de segurança. Seria só a Europa a participar. E ainda não se percebe sequer se os Estados Unidos [da América] aceitariam ter apoio, fora das fronteiras do território da Ucrânia, em países vizinhos pertencentes à NATO", observou.
Quanto a Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que o país tem tido uma "contribuição para a segurança na Ucrânia em países vizinhos, em particular na Roménia e Eslováquia", e já manifestou disponibilidade para, "se fosse necessário reforçar essa posição em países vizinhos, com certeza".
"Depois, temos de perceber se a NATO é para levar a sério ou não, porque se a América tem reservas, na prática, em relação ao seu envolvimento quanto à Ucrânia, até que ponto é que isso reforça a NATO ou enfraquece a NATO. E depois, internamente, como disse, aí está uma competência que é uma competência do Governo, com intervenção do CSDN e, naturalmente, com intervenção do Presidente da República", completou.
Quanto ao eventual envio de militares, o Presidente da República referiu que "o Governo é que, naturalmente, tem aí uma iniciativa fundamental, o senhor primeiro-ministro, o senhor ministro da Defesa Nacional".
Interrogado se concorda que pode haver paz na Ucrânia em breve, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: "Todos nós queremos que haja paz, mas queremos uma paz justa, uma paz sustentável e uma paz compreensiva, como diz o secretário-geral [da ONU] António Guterres. Não é uma paz para de repente avançar e falhar imediatamente. Não é uma paz que cria uma situação de insegurança na Ucrânia".
Marcelo Rebelo de Sousa falava depois de mais uma sessão do programa "Encontros no Palácio de Belém", que hoje contou com a participação da escritora e conselheira de Esatdo Lídia Jorge, que o Presidente da República apresentou como, "se não a melhor, uma das melhores escritoras portuguesas vivas".
A Ucrânia propôs aos seus aliados impostos especiais de consumo sobre a energia e as matérias-primas russas após o fim da guerra, quando o custo da reconstrução do país ultrapassa já largamente o valor dos ativos russos congelados.
Falando na apresentação de um relatório de danos para assinalar o terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, insistiu esta terça-feira no confisco total dos ativos russos congelados.
"As necessidades de reconstrução já excedem em volume os ativos russos congelados", pelo que o responsável apresentou a possibilidade de "introduzir impostos especiais sobre a energia e as matérias-primas russas após a guerra".
Shmygal acredita que a Rússia será forçada a pagar pelos danos causados pela guerra, ao mesmo tempo que a Ucrânia recebe "recursos significativos para a reconstrução" e é criado um precedente que protegerá as vítimas de possíveis agressões futuras.
"Durante o ano, o número de bens danificados ou destruídos aumentou 93%. São perdas colossais que estamos a substituir em tempo real", assumiu ainda o responsável, citando os setores da habitação e da energia, assim como infraestruturas consideradas críticas - instalações médicas e educativas, comunicações - como as mais afetadas.
Shmygal citou um relatório recente do Banco Mundial que estima as necessidades de reconstrução do país em 524 mil milhões de dólares (perto de 500 mil milhões de euros), ou seja, mais 38 mil milhões de dólares (36 mil milhões de euros) do que cálculos anteriores.
"Números tão elevados significam que a recuperação deve tornar-se um projeto global", sublinhou o governante, defendendo que a "reconstrução tem de ser feita agora".
"A qualidade de vida de milhões de pessoas, as perspetivas dos ucranianos que regressam do estrangeiro e a criação de pontos de crescimento que farão avançar a nossa economia dependem disso", insistiu.
Lusa
O primeiro-ministro britânico disse esta terça-feira que a Rússia "é uma ameaça" ao Reino Unido. A declaração foi feita numa semana em que Keir Starmer deverá encontrar-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington.
“A Rússia é uma ameaça nas nossas águas, no nosso espaço aéreo e nas nossas ruas - lançaram ataques cibernéticos ao nosso Serviço Nacional de Saúde e, há apenas sete anos, um ataque com armas químicas nas ruas de Salisbury", afirmou Keir Starmer na Câmara dos Comuns, de acordo com a Sky News.
"A instabilidade na Europa virá sempre parar às nossas costas. Tiranos como Putin só respondem à força”, afirmou Starmer, citado pelo canal de notícias.
Se não for alcançada "uma paz duradoura, a instabilidade económica, uma ameaça à nossa segurança, só irá aumentar”, defendeu o primeiro-ministro britânico.
Na sua intervenção, Starmer anunciou que o seu governo "irá gastar 2,5% do PIB com a defesa até 2027", mas com o objetivo de aumentar para 3% até à década de 2030, noticia o The Guardian.
Afirmou que se trata do "maior aumento sustentado das despesas com a defesa desde o fim da guerra fria".
O Reino Unido impôs novas sanções dirigidas a Moscovo, mais concretamente a oligarcas russos com ligações ao Kremlin, para assinalar os três anos de guerra na Ucrânia. A Rússia já reagiu considerando as sanções "ilegítimas", segundo a Sky News.
“O momento escolhido por Londres para desencadear a histeria das sanções é bastante simbólico - numa altura delicada em que as bases do futuro processo de resolução da Ucrânia estão a ser moldadas em conformidade com os acordos entre a Rússia e os EUA”, refere, em comunicado, a embaixada russa na capital inglesa.
Os oligarcas russos visados pelas sanções podem agora ser proibidos de entrarem no Reino Unido.
Autoridades ucranianas disseram esta terça-feira que os ataques russos que abrangeram várias regiões, incluindo a capital Kiev, fizeram pelo menos quatro feridos.
Em Kiev, uma mulher ficou ferida nos ataques, que danificaram 12 apartamentos, segundo Mykola Kalashnyk, governador da região da capital ucraniana, citado pela Reuters.
Em todo o país, o exército ucraniano disse ter abatido seis de sete mísseis e 133 de 213 drones, enquanto outros 79 drones não conseguiram atingiram os alvos.
Moscovo já veio dizer que estes ataques à Ucrânia tiveram como alvos aeródromos militares.
O presidente do Conselho Europeu vai organizar uma videoconferência na quarta-feira com presidentes e primeiros-ministros dos países da União Europeia (UE), para se inteirarem da visita de Emmanuel Macron a Washington.
"Para preparar o Conselho Europeu extraordinário de 6 de março, vou organizar uma videoconferência com os elementos do Conselho Europeu, amanhã [quarta-feira] de manhã, para ouvir o presidente de França, Emmanuel Macron, sobre a visita que fez recentemente a Washington", escreveu António Costa nas redes sociais.
Lusa
To prepare for the Special European Council on 6 March, I am organizing a videoconference of the members of the @EUCouncil, tomorrow morning, to hear a debriefing from President @EmmanuelMacron on his recent visit to Washington DC.#EUCO
— António Costa (@eucopresident) February 25, 2025
A Ryanair, uma das principais companhias aéreas de baixo custo do mundo, revelou que poderia transportar até cinco milhões de pessoas para Ucrânia em um ou dois anos, caso o espaço áereo reabrisse
A Ryanair poderá passar de dois milhões para cinco milhões de passageiros no país assim que um acordo de cessar-fogo for acordado e as companhias aéreas possam voltar a voar para o país, disse o presidente-executivo Michael O'Leary.
O espaço aéreo da Ucrânia está fechado desde o início da guerra.
Bom dia,
Siga aqui os principais desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia, depois do encontro, na segunda-feira, entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e Donald Trump, na Casa Branca.
"Não queremos um acordo de paz que seja fraco", vincou o presidente francês após encontro com o homólogo norte-americano.
Macron revelou que Donald Trump vai encontrar-se em breve com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para alcançar um acordo sobre terras raras e minerais.