O clima de tensão mantém-se no Nepal, onde o número de mortes já superou as duas dezenas. As forças armadas estão a patrulhar as ruas da capital, de forma a dissuadir os manifestantes, na sequência da demissão do primeiro-ministro, Sharma Oli.Muitos nepaleses saírem à rua em força na terça-feira, 9 de setembro, e provocaram uma onda de motins violentos. O edifício do Parlamento nepalês ficou parcialmente em chamas, assim como a residência oficial do primeiro-ministro demissionário, de acordo com os relatos de repórteres da AFP. A juntar a isto, foram saqueados edifícios governamentais e lojas, sendo que nas últimas horas ainda havia fumo branco a sair de edifícios que arderam. Rajyalaxmi Chitrakar, mulher do ex-primeiro-ministro do Nepal (entre fevereiro e agosto de 2011) Jhala Nath Khanal foi queimada viva pela multidão.Porém, o ambiente é, agora, bem diferente. Esta quarta-feira, dia 10 de setembro, está a ficar marcada pelo patrulhamento das ruas de Katmandu (capital do Nepal), que estão praticamente desertas.Os protestos violentos marcaram os últimos dias e a repressão brutal das forças armadas daquele país provocaram 22 mortes e centenas de feridos, de acordo com as contas oficiais. Em causa está indignação ligada à decisão do executivo nepalês de bloquear as redes sociais.As plataformas Facebook, X e YouTube foram, entretanto, restabelecidas pelo governo, que prometeu investigações sobre a violência policial, numa tentativa de acalmar os protestos. .Nepal proíbe TikTok por "perturbar a harmonia social"