China anuncia cooperação com a Coreia do Norte tendo em conta "nova situação"

Não se conhece, no Ocidente, qual é a "nova situação" a que se refere o presidente chinês, nem que tipo de cooperação é esperada entre os dois países originariamente de inspiração comunista.
Publicado a
Atualizado a

O presidente da China, Xi-Jinping, anunciou esta madrugada de sábado uma nova fase de cooperação entre Pequim e Pyongyang numa não especificada "nova situação" que, segundo afirma, se vive, segundo é noticiado pela agência estatal norte-coreana e reportado pela AFP.

A Coreia do Norte realizou uma série inédita de sete testes de mísseis em janeiro, incluindo o seu mais poderoso do género desde 2017, numa altura em que as negociações com os Estados Unidos estão absolutamente paradas.

No entanto, os testes não se realizaram durante o período dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, naquilo que muitos analistas entenderam tratar-se de uma decisão tomada em deferência com Pequim.

A China é o mais importante aliado da Coreia do Norte e o seu maior fornecedor económico, numa relação que foi forjada no resultado da Guerra da Coreia dos anos 50.

Segundo notícia a agência oficial norte-coreana KCNA, o presidente chinês enviou ao seu homólogo norte-coreano uma mensagem afirmando estar pronto para "desenvolver as relações sino-norte-coreanas de amizade e cooperação" tendo a conta uma "nova situação".

A KCNA não elabora sobre que "nova situação" Xi-Jinping se estará a referir nem o que implica.

A Coreia do Norte está a sofrer uma profunda crise devido a um bloqueio às importações autoimposto devido ao coronavírus, mas reiniciou no mês passado o comércio transfronteiriço com a China no mês passado.

Este país representa mais de 90% de todo o comércio bilateral do país, conhecido por ser o mais fechado do mundo.

O regime de Pyongyang, originariamente comunista, está atualmente sob múltiplas sanções internacionais por causa dos seus programas nucleares e de mísseis balísticos. Mas apesar disso, o governo já avisou que irá recomeçar os testes de mísseis intercontinentais e de armas nucleares.

Alguns observadores já avisaram que, com o mundo de olhos na invasão russa na Ucrânia, a Coreia do Norte poderia aproveitar a oportunidade para testar mísseis de longo alcance.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt