Centrais nucleares controladas pela Ucrânia vão estar totalmente operacionais para o inverno

"Toda a energia à nossa disposição será fornecida à rede elétrica" no inverno, após a manutenção de alguns reatores, assegurou a empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia (Energoatom).
Publicado a
Atualizado a

As centrais nucleares ucranianas localizadas no território controlado por Kiev vão estar totalmente operacionais no inverno para fornecer eletricidade ao país, garantiu a empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia (Energoatom) na segunda-feira.

"Toda a energia à nossa disposição será fornecida à rede elétrica" no inverno, após a manutenção de alguns reatores, disse o presidente da Energoatom, Petro Kotin.

As declarações foram proferidas na central de Yuzhnoukrainsk, no sul da Ucrânia, para marcar o recomissionamento de um de seus três reatores - cada um com capacidade de 1.000 megawatts.

A Ucrânia possui atualmente três centrais com um total de nove reatores no território sob o seu controlo.

"Entraremos no inverno com nove reatores em plena capacidade", disse Kotin, acrescentando que quatro reatores atualmente em reparação estarão operacionais antes de novembro, com uma capacidade total de quase 7.600 megawatts.

A quarta central nuclear de Zaporijia, que também é a maior da Europa, tem seis reatores. Está ocupada pelas forças russas desde março de 2022.

Kotin acrescentou que é vital retomar o controlo da central de Zaporijia, com capacidade para 6.000 megawatts, para fornecer eletricidade à Ucrânia .

Desde o início de junho, as tropas de Kiev lideram uma contraofensiva na área perto de Zaporijia, no leste e no sul da Ucrânia, na tentativa de reconquistar o território controlado pela Rússia desde o início da invasão em fevereiro de 2022.

Segundo Kotin, as centrais nucleares ucranianas não foram "afetadas diretamente" pela onda de ataques russos à infraestrutura energética no outono e inverno do ano passado ano, que cortou a energia em milhões de lares ucranianos.

O responsável da Energoatom não estranhou a declaração de Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que não encontrou explosivos no telhado da central de Zaporijia.

No início de julho, a Ucrânia acusou Moscovo de estar a preparar uma "provocação", com o exército a afirmar que "objetos semelhantes a artefatos explosivos foram colocados" nos telhados dos reatores três e quatro.

Os especialistas da AIEA "tiveram acesso muito limitado. Eles tiveram acesso aos telhados de duas unidades (de seis). Eles não foram autorizados a ir a outras unidades... Eles (as tropas russas) simplesmente não permitem o acesso", disse Kotin.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt